Capítulo
9
Projeto
da
rede de fibra óptica
Objetivos: Neste capítulo, você aprenderá:
O que envolve o projeto da rede de fibra óptica.
O que precisa saber um designer.
Como é desenvolvido um projeto da ideia até a instalação.
Como escolher o equipamento e os componentes para a rede.
Como calcular uma quantidade de perda estimada para o projeto.
Como planejar e completar uma instalação.
O projeto da rede de fibra óptica é o processo especializado que leva a uma instalação e um funcionamento bem-sucedidos de uma rede de fibra óptica. Implica determinar o tipo de sistema de comunicação que será transportado através da rede, o nível geográfico (interior, campus, exterior – OSP, etc.), o equipamento de transmissão necessário e a rede de fibra sobre a qual operará. Projetar uma rede de fibra óptica usualmente também exige a estabelecer uma interface com outras redes que podem estar conectadas através de um cabeamento de cobre e de uma rede sem fios.
Além disso, devem ser considerados os requerimentos de licenças, servidões, permissões e inspeções. Uma vez nesta etapa, é preciso considerar a seleção de componentes, a localização, as práticas de instalação, os testes, a resolução de problemas, e a instalação e ativação do equipamento de rede. Por último, devemos considerar a documentação, a manutenção e o planejamento de uma restauração em caso de uma interrupção do serviço no futuro.
O projeto de uma rede deve preceder a própria instalação, mas também deve ser realizado para estimar o custo do projeto e para que a empreiteira possa licitar o trabalho. O projeto não afeta apenas os aspectos técnicos da instalação, mas também os aspectos comerciais.
Trabalhar com outras pessoas
Projetar uma rede exige trabalhar com outro pessoal envolvido no projeto, além do cliente. Isto pode incluir engenheiros de rede, geralmente de departamentos de TI (tecnologia da informação), arquitetos e engenheiros que inspecionam um projeto maior e empreiteiras envolvidas na criação do projeto. Outros grupos, como os engenheiros e os designers envolvidos em aspectos de concepção do projeto, tais como os designers de segurança, TV a cabo e sistemas industriais, ou os designers especializados em cabeamentos interiores também podem inspecionar diferentes partes de um projeto relacionadas com a concepção e a instalação de sistemas e redes de cabos de fibra óptica. Até mesmo gerentes da empresa não ligados a aspectos técnicos podem estar envolvidos quando as partes do sistema são exibidas aos visitantes.
Qualificações para designers de redes de fibra óptica
Considerar as comunicações no primeiro lugar
Antes de começar a projetar uma rede de cabos de fibra óptica é necessário determinar com o usuário final ou o proprietário da rede onde ela será construída e que sinais de comunicação serão transportados. Em geral, as empreiteiras estão familiarizadas com as redes no interior, onde as redes informáticas (LAN ou de área local) e os sistemas de segurança utilizam sistemas de cabeamento estruturado construídos com base em padrões do setor bem definidos. Uma vez que o cabeamento sai do edifício, mesmo para enlaces curtos, por exemplo, em um campus ou uma rede metropolitana, os requerimentos para a fibra e os tipos de cabos variam. Os enlaces de longa distância para as redes de telecomunicações, de TV a cabo ou de serviços públicos possuem outros requerimentos mais rigorosos, necessários para permitir enlaces mais longos e de alta velocidade.
Mas, enquanto a empreiteira geralmente considera os requerimentos de cabeamento em primeiro lugar, o projeto real começa com a análise dos requerimentos do sistema de comunicação estabelecidos pelo usuário final. Primeiro, é necessário verificar os tipos de equipamento requeridos para os sistemas de comunicação, a velocidade da rede e as distâncias que serão cobertas, antes de considerar qualquer questão relacionada com a rede de cabos. O equipamento de comunicação determinará se é necessária ou preferível a fibra, ou que tipo de fibra é exigida.
Redes no interior
Os sistemas de cabeamento no interior foram projetados para transportar redes informáticas com base em tecnologia Ethernet, que atualmente opera a uma velocidade de entre 10 megabits e 10 gigabits por segundo. Outros cabeamentos podem transportar sistemas de segurança com vídeo digital ou analógico, alarmes de perímetro ou sistemas de acesso, que geralmente são de baixa velocidade, pelo menos em relação à fibra. Os sistemas de telefonia no interior podem ser transportados por meio de cabos de par trançado tradicionais ou, como é mais comum atualmente, utilizando um cabeamento de rede LAN com a tecnologia de voz sobre IP (VoIP).
Em geral, as redes no interior são curtas, costumam ter menos dos 100 metros (aproximadamente 330 pés) determinados como o limite para os sistemas de cabeamento estruturado padronizados que permitem utilizar o cabeamento de cobre de par trançado ou de fibra óptica, com backbones em redes em um campus que se utilizam em instituições ou complexos industriais de 500 metros ou mais, que exigem fibra óptica.
As redes no interior geralmente operam com fibra multimodo. Os sistemas multimodo são menos dispendiosos que os sistemas monomodo, não porque a fibra ou o cabo sejam mais econômicos (não o são), mas porque o grande núcleo da fibra multimodo permite o uso de fontes LED ou VCSEL nos transmissores, o que torna os dispositivos eletrônicos mais econômicos. Os designers e usuários finais astutos frequentemente utilizam tanto as fibras multimodo quanto as monomodo nos cabos backbone (chamados cabos híbridos), devido a que as fibras monomodo são muito econômicas e fornecem uma capacidade praticamente ilimitada de expandir os sistemas.
Redes no exterior
As redes de telefonia são principalmente sistemas de exterior (OSP) que conectam edifícios tanto através de distâncias curtas de algumas centenas de metros quanto através de distâncias de milhares de quilômetros. A taxa de transmissão de dados nas telecomunicações normalmente é de 2,5 a 10 gigabits por segundo, e são utilizados lasers de alta potência que operam exclusivamente em fibras monomodo. O grande impulso para as telecomunicações é levar a fibra diretamente aos edifícios comerciais ou aos lares, já que, na atualidade, os sinais são muito rápidos para os cabos de par trançado tradicionais.
A TV a cabo também utiliza fibras monomodo com sistemas de rede híbrida fibra/coaxial (HFC) ou digitais, onde o backbone é de fibra e a conexão para o lar é de cabo coaxial. O cabo coaxial ainda funciona na TV a cabo, devido a que tem uma largura de banda muito alta. Algumas operadoras de TV a cabo analisaram ou até tentaram utilizar a fibra para o lar, mas, economicamente, ainda não é viável.
Além das telecomunicações e a TV a cabo, há muitas outras aplicações da fibra no exterior. As rodovias inteligentes possuem câmeras de segurança, e cartazes ou sinais conectados através de fibra óptica. Os sistemas de monitoramento de segurança em grandes edifícios, como aeroportos, edifícios comerciais ou governamentais, cassinos, etc., geralmente estão conectados através de fibra, devido às grandes distâncias percorridas. Como acontece com outras redes, em aplicações no interior usualmente é utilizada a fibra multimodo, enquanto no exterior é utilizada a fibra monomodo para poder realizar enlaces mais longos.
As redes metropolitanas que pertencem às cidades e são operadas por elas podem transportar diferentes tipos de tráfego, incluindo câmeras de vigilância, serviços de emergência, sistemas educacionais, de telefonia, LAN, de segurança, de monitoramento e controle de tráfego e, algumas vezes, até tráfego de interesses comerciais utilizando largura de banda alugada em fibras escuras ou fibras que pertencem à cidade. No entanto, como a maioria dessas redes foi projetada para permitir enlaces mais longos que as aplicações no interior e em campi, a fibra monomodo é a escolhida.
Para todas as aplicações, exceto as de interior, a fibra é o meio de comunicação preferido devido à sua capacidade de distância e largura de banda maiores, o que a tornam a única opção, ou uma opção significativamente menos dispendiosa que o cabo de cobre ou a rede sem fio. Somente no interior de edifícios existe a possibilidade de escolher, e essa escolha é afetada pela economia, a arquitetura da rede e a tradição de utilizar cabos de cobre nos edifícios. A seguir analisaremos em detalhe a escolha entre a fibra, o cobre e a rede sem fios.
Embora haja discussões há décadas sobre o que é melhor – cabos de cobre, de fibra ou redes sem fio – para o cabeamento, isto está se tornando irrelevante. Parece que a tecnologia das comunicações e o mercado do usuário final já decidiram que, em geral, nas mídias de transmissão e em muitas redes devem ser combinadas as três opções. O designer de redes de cabeamento, especialmente de redes de fibra óptica e seus clientes hoje têm uma tarefa bastante fácil ao decidir que mídia de transmissão utilizar uma vez escolhidos os sistemas de comunicação.
Longa distância e exterior
Além dos sistemas de telecomunicações que ainda utilizam cobre para a conexão final par ao lar, praticamente todos os cabos do sistema de telefonia são de fibra óptica. As operadoras de TV a cabo utilizam um cabo coaxial de alto desempenho dentro dos lares, mas ele é conectado a um backbone de fibra óptica. O backbone de Internet é completamente de fibra. A maioria dos edifícios comerciais que está em áreas populosas recebe conexões de fibra diretas por parte dos fornecedores de serviços de comunicação. As cidades utilizam fibra monomodo para conectar edifícios municipais, câmeras de vigilância, sinais de trânsito e, às vezes, oferecem conexões comerciais e residenciais, todas com este tipo de fibra. Até as torres de antenas de celulares que se encontram ao longo das rodovias e em edifícios altos usualmente têm conexões de fibra. As áreas remotas como África Central dependem das comunicações via satélite, já que os cabos são muito dispendiosos para percorrer grandes distâncias em relação à pouca quantidade de tráfego envolvido.
Em geral, projetar aplicações de longa distância ou no exterior implica escolher um cabeamento de fibra monomodo por sobre todas as outras mídias de transmissão. Geralmente, esses sistemas são projetados para serem utilizados em longas distâncias e suportar velocidades que não permitiriam o uso de outro meio que não seja a fibra monomodo. Ocasionalmente, existem outras opções mais rentáveis, por exemplo, se uma empresa possuir dois edifícios em lados opostos de uma rodovia, seria mais fácil utilizar uma rede óptica sem fios em linha de visão ou por rádio, já que essas opções têm um custo de instalação mais baixo e é mais fácil obter as licenças correspondentes.
Interior
É nos cabeamentos interiores que estão centrados os argumentos sobre a fibra, o cobre ou a rede sem fios. Um século e meio de experiência no cabeamento para comunicações de cobre fornece à maioria dos usuários uma familiaridade com o cobre que os torna céticos sobre qualquer outro meio. E, em muitos casos, o cobre demonstrou ser uma opção válida. Na maioria dos sistemas de gerenciamento de edifícios é utilizado o cabeamento de cobre exclusivo, por exemplo na fiação do termostato, e nos sistemas de áudio ou de paginação. Os sistemas de monitoramento de segurança e de acesso, com certeza os mais econômicos, ainda dependem do cabo de cobre coaxial, embora as instalações de alta segurança como os edifícios governamentais e militares costumem pagar o custo adicional da fibra, devido a que fornece mais segurança.
Os sistemas de vigilância estão se tornando mais habituais nos edifícios, especialmente nos governamentais, bancários ou outros edifícios onde é considerado que a segurança pode correr riscos. Embora as conexões coaxiais sejam comuns em enlaces curtos, e os defensores dos cabeamentos estruturados afirmem que é possível instalar câmeras em distâncias limitadas em cabos UTP Cat 5E ou Cat 6, como as redes informáticas, a fibra se tornou uma escolha muito mais habitual. Além de oferecer uma maior flexibilidade para a localização da câmera, devido à sua capacidade de distância, o cabeamento de fibra óptica é muito menor e leve, o que facilita a instalação, especialmente em instalações mais antigas como os aeroportos ou os grandes edifícios onde pode haver espaços disponíveis já ocupados por várias gerações de cabeamentos de cobre.
Às vezes, o cabeamento de rede LAN pode ser percebido como o grande campo de batalha da fibra contra o cobre, mas essa batalha já acabou para muitos usuários. O usuário da rede, que antes ficava na frente da tela de um computador de mesa com cabos que conectavam esse computador à rede corporativa e com um telefone conectado por meio de outro cabo, é uma relíquia do passado. Agora, as pessoas procuram a mobilidade. Praticamente todo o mundo utiliza computadores portáteis, exceto os engenheiros ou designers, quem trabalham nas suas mesas, mas, mesmo assim, a maioria deles tem um computador portátil como segunda opção para levar a reuniões, onde cada um leva seu computador e o conecta a uma rede WiFi. Quando foi a última vez que você foi para uma reunião onde era possível se conectar por meio de um cabo?
Além dos computadores portáteis que se conectam à rede WiFi, as pessoas utilizam Blackberries e iPhones para as comunicações sem fio. Alguns dispositivos novos, como o iPhone, permitem navegar pela web com a conexão de uma rede de telefonia celular ou de uma rede WiFi. Alguns telefones móveis são dispositivos portáteis de VoIP que se conectam por meio de redes WiFi para realizar chamadas. Embora a rede WiFi tenha sofrido algumas dificuldades e atualizações contínuas para se ajustar ao padrão 802.11n, ela se tornou mais confiável e oferece o que parece ser uma largura de banda adequada para a maioria dos usuários.
A procura de mobilidade e a expansão dos serviços conectados parecem levar a um novo tipo de rede corporativa. Um backbone de fibra óptica com conexão de cobre até a estação de trabalho, onde os usuários preferem conexões diretas e múltiplos pontos de acesso à rede sem fio, mais do que era comum no passado, para obter uma cobertura total e uma quantidade razoável de usuários por cada ponto de acesso, é a tendência nas redes corporativas.
O que há com a fibra até a estação de trabalho? Os usuários mais avançados podem optar pela fibra FTTD (fibra até a estação e trabalho), que pode ser uma solução muito rentável por se tratar de uma rede composta totalmente por fibra que evita o requisito de contar com salas de telecomunicações com muitos interruptores, energia elétrica de qualidade para a transferência de dados, aterramento e ar condicionado durante todo o ano. Os usuários avançados como os engenheiros, designers e animadores podem utilizar a largura de banda disponível na FTTD. Outros preferem um sistema de zonas com fibra até interruptores locais em pequena escala que se encontram o suficientemente próximos aos usuários que preferem uma conexão por cabo em lugar de uma sem fio, para que possam se conectar utilizando um patch cord curto.
O trabalho do designer é entender não apenas o cabeamento da tecnologia da comunicação, mas também a tecnologia da comunicação, e se manter atualizado com os últimos avanços tanto na tecnologia quanto nas aplicações em ambos os casos.
Muitos documentos relacionados com o projeto da rede de cabos fazem foco nos padrões do setor aplicáveis aos sistemas de comunicação e às redes de cabos. É importante entender por que e quem determina esses padrões. Os padrões são criados pelos fabricantes de produtos e destinados para outros fabricantes, e não para os usuários ou instaladores. Como um membro de um dos comitês de padrões disse, os padrões são “especificações mutuamente acordadas para o desenvolvimento dos produtos”. Eles garantem que os produtos de diferentes fabricantes funcionem em conjunto adequadamente. O propósito principal dos padrões não é educar os instaladores ou os usuários finais, já que esse é o trabalho dos fabricantes dos produtos que cumprem os padrões.
Onde é possível obter informações sobre os padrões relevantes. Comprar os documentos dispendiosos dos padrões, geralmente não é a maneira de aprender sobre eles. Os fabricantes que criaram os padrões e desenvolvem os produtos que cumprem esses padrões fornecem o material para educar os instaladores e seus clientes. Praticamente todos os fabricantes de cabeamentos incluem na parte de trás dos seus catálogos, ou nos seus sites, uma seção que analisa os padrões relevantes. Eles explicam como são os sistemas, que componentes são utilizados para desenvolvê-los e como devem ser testados. Não há melhor lugar que o catálogo do fornecedor ou seu site para aprender o que é necessário saber sobre os padrões.
Escolher o equipamento de transmissão é o seguinte passo para projetar uma rede de fibra óptica. Este passo usualmente é uma oportunidade de colaboração entre o cliente, que sabe que tipo de dados serão transmitidos, o designer e o instalador, e os fabricantes do equipamento de transmissão. O equipamento de transmissão e a rede de cabos estão fortemente inter-relacionados. A distância e a largura de banda ajudarão a estabelecer o tipo de fibra óptica necessário, e isso determinará quais serão as interfaces ópticas da rede de cabos. A facilidade para escolher o equipamento pode depender do tipo de equipamento de comunicação necessário.
Os padrões para a fibra óptica nas telecomunicações são aplicados há 30 anos, de forma que as pessoas envolvidas nessa área têm muita experiência no desenvolvimento e na instalação do equipamento. Como a maioria dos equipamentos de telecomunicações segue convenções do setor, é possível encontrar equipamento para a transmissão de telecomunicações para enlaces curtos (usualmente, redes de área metropolitana de até 20 ou 30 km), para enlaces de longa distância e para enlaces de distâncias extremamente longas como as redes submarinas. Todos funcionam com fibra monomodo, mas podem especificar diferentes tipos de fibra monomodo.
Os enlaces de telecomunicações mais curtos utilizam lasers de 1310 nm em fibras monomodo regulares, denominadas fibras G.652, que é um padrão internacional. As distâncias mais longas utilizam a fibra com dispersão deslocada, otimizada para operar com lasers de 1500 nm (fibra G.652). Para a maioria das aplicações é utilizada uma dessas duas opções. A maioria das empresas de equipamento para telecomunicações oferece as duas opções.
A maioria dos enlaces de TV a cabo consiste em sistemas AM (analógicos) baseados em lasers lineares especiais, chamados lasers de feedback distribuído (DFB), que utilizam 1310 nm ou 1550 nm, e operam em fibras monomodo regulares. À medida que a TV a cabo migre para a transmissão digital, utilizará mais a tecnologia como a das telecomunicações, que já é totalmente digital.
As escolhas se tornam mais complexas quando se trata de dados e de circuitos fechados de televisão (CCTV), já que as aplicações são muito variadas e não existem padrões. Além disso, é possível que o equipamento não esteja disponível nas opções de transmissão de fibra óptica, o que obriga a converter portas de cobre a portas de fibra utilizando dispositivos chamados conversores de mídia.
Nas redes informáticas, os padrões Ethernet, criados pelo comitê do IEEE 802.3, estão totalmente estabelecidos. Para escolher o padrão mais adequado para as necessidades específicas, é necessário ler os padrões e determinar os níveis de transmissão sobre diferentes tipos de fibra de cada equipamento. A maioria dos equipamentos de redes, como os interruptores ou os roteadores, está disponível para interfaces de fibra óptica opcionais, mas os computadores geralmente têm apenas interfaces de cabos UTP de cobre que exigem conversores de mídia. Ao procurar pela Internet “conversores de mídia de fibra óptica” aparecem muitas opções com estes dispositivos econômicos. Os conversores de mídia também permitem escolher as mídias de transmissão apropriadas para a aplicação do cliente, o que permite utilizar fibra monomodo ou multimodo, e até opções de tranceptores para a distância que deve ser coberta pelo enlace.
Os circuitos fechados de televisão (CCTV) são uma aplicação semelhante. Cada vez mais câmeras incorporam interfaces de fibra, devido a que muitos sistemas de CCTV estão localizados em grandes edifícios, em aeroportos ou em áreas onde as distâncias excedem a capacidade de transmissão do cabo coaxial. Caso contrário, existem conversores de mídia de vídeo, usualmente disponibilizados pelos mesmos fornecedores que oferecem conversores de mídia de Ethernet, que estão disponíveis imediatamente e são econômicos. De novo, devem ser escolhidos conversores que atendam aos requerimentos do enlace definidos na aplicação do cliente, a qual, no caso do vídeo, não inclui apenas a questão da distância, mas também as funções, já que alguns enlaces de vídeo transportam sinais de controle da câmera para realizar movimentos horizontais, de zoom e verticais (pan, zoom e tilt), além de voltar a o vídeo a uma localização anterior.
O que há com os enlaces de dados industriais? Muitas fábricas utilizam a fibra óptica devido a que ela é imune à interferência eletromagnética. No entanto, os enlaces industriais podem utilizar meios exclusivos para transmitir dados convertidos através de antigos padrões de cobre, como RS-232, a antiquada interface serial que estava disponível em todos os computadores, o SCADA, popular no setor de serviços públicos, ou até simples fechamentos de relés. Muitas empresas que desenvolvem estes enlaces de controle oferecem interfaces de fibra óptica para responder aos pedidos dos clientes. Alguns destes enlaces estão disponíveis há décadas, já que as aplicações industriais se encontram entre os primeiros casos onde foi utilizada a fibra óptica no interior, antes de 1980.
Qualquer seja a aplicação, é importante que o usuário final e a empreiteira do cabeamento discutam com o fabricante do equipamento de transmissão sobre qual será exatamente a aplicação, para garantir a aquisição do equipamento apropriado. Embora as aplicações de telecomunicações e de TV a cabo estejam bem padronizadas, e as aplicações de dados de Ethernet estejam cobertas pelos padrões, na nossa experiência, nem todos os fabricantes especificam seus produtos da mesma maneira.
Uma empresa do mercado industrial ofereceu aproximadamente 15 produtos diferentes de fibra óptica, principalmente conversores de mídia para seu equipamento de controle. No entanto, esses 15 produtos tinham sido projetados por pelo menos uma dúzia de engenheiros diferentes, e nem todos estavam familiarizados com a fibra óptica nem, especialmente, com o jargão de fibra e suas especificações. Como resultado, não era possível comparar os produtos para fazer uma escolha, nem incluí-los no projeto de uma rede segundo as especificações. Até o momento da concepção, os engenheiros em vendas e aplicações tenham recebido treinamento em fibra óptica e criado diretrizes para as aplicações dos produtos, mas eles começaram a ter problemas na aplicação de acordo com as necessidades dos clientes.
A única forma de saber que será escolhido o equipamento de transmissão apropriado é garantindo que o cliente e o fornecedor do equipamento – e você – estejam comunicando claramente o que planejam realizar.
Planejamento
do
trajeto
Uma vez decidido que será utilizada a fibra óptica e escolhido o equipamento apropriado para a aplicação, é hora de determinar com exatidão onde serão localizados a rede de cabos e o equipamento. Uma questão a lembrar: cada instalação é única. A localização da rede de cabos estará determinada pelas localizações físicas ao longo de todo o trajeto, pelas leis e códigos locais do edifício, e por outros indivíduos envolvidos no projeto. Como é habitual, as instalações no interior e no exterior são diferentes, portanto, são consideradas por separado.
As instalações no interior e em campi podem ser mais simples, já que a área física envolvida é menor e há menos opções. Começar com um bom conjunto de planos de arquitetura e, se possível, entrar em contato com o arquiteto, a empreiteira ou o administrador do edifício. Ter acesso a eles significa contar com alguém para poder realizar perguntas, e obter informações e conselhos. Felizmente, os planos estão disponíveis como arquivos do CAD, portanto, é possível obter uma cópia para realizar o projeto do cabeamento até o computador, o que facilita muito a possibilidade de realizar ajustes no projeto e de documentá-lo.
Se o edifício ainda não estiver na etapa de projeto, será possível propor ideias relacionadas com as necessidades da rede de cabos. Idealmente, isso significa que é possível influenciar as decisões a tomar em aspectos como a localização das salas de equipamentos, o trajeto dos suportes e condutos para cabos, a disponibilidade da energia condicionada adequada e dos aterramentos separados para centros de dados, a capacidade suficiente do ar condicionado e outras necessidades da rede. No caso dos edifícios já construídos, os planos de arquitetura detalhados oferecem a possibilidade de encaminhar o cabeamento e o equipamento de rede entre os obstáculos que se encontram no trajeto.
Há uma enorme variedade de opções para realizar o cabeamento no exterior, dependendo do trajeto que o cabo deve seguir. O trajeto pode atravessar grandes extensões em campo aberto, percorrer caminhos rurais ou urbanos pavimentados, atravessar estradas, barrancos, rios ou lagos, ou, o que é muito provável, alguma combinação de todos eles. Podem ser necessários cabos subterrâneos, aéreos ou submarinos. Os cabos podem estar em condutos, subdutos ou enterrados de maneira direta, e os cabos aéreos podem suportar seu próprio peso ou ser amarrados a um cabo guia. Geralmente, as instalações de maior distância incluem atravessar zonas de água, de forma que os cabos podem ficar submersos ou ser amarrados ao longo de uma ponte, junto com outros cabos.
Visitas no local
Assim que possível, é necessário visitar o local ou trajeto onde será instalada a rede. Deve ser percorrido cada metro dos trajetos no exterior para analisar as melhores opções para a localização do cabo, os obstáculos que devem ser evitados ou superados, e determinar que entidades locais podem oferecer ajuda em relação ao encaminhamento do cabo. Em geral, as cidades e outros governos dispõem de informações sobre os condutos disponíveis ou sobre as normas de uso dos postes de serviços públicos que podem economizar tempo e esforço de projeto.
Nas instalações realizadas dentro de edifícios já construídos, é preciso realizar a inspeção de cada área para ter certeza de como é o edifício, depois, realizar anotações nos planos para representar a realidade, em especial todos os obstáculos para a instalação do cabeamento e do equipamento, e as paredes que exigem sistemas de proteção contra incêndios e não aparecem nos planos existentes. Se for possível, tirar fotos. Nos edifícios em construção, a visita no local também é uma boa ideia, para ter uma impressão de como será a estrutura final e para conhecer os gerentes da obra com os quais será feito o trabalho. Eles podem ser a melhor fonte de informação em relação a quem é a autoridade local, quem realizará a inspeção do trabalho e o que se espera.
Com todas estas opções em instalações no exterior, por onde começar? Por ter um bom mapa. Não apenas um mapa de estradas ou um mapa topográfico, mas um mapa de imagens de satélite sobrepostas nas estradas é muito melhor, como o fornecido pelo “Google Maps”. Criar um mapa de estradas é o primeiro passo, observando os serviços públicos no mapa ao longo de todo o trajeto e verificando as informações com os grupos que documentam os serviços públicos existentes para evitar que as empreiteiras causem danos em tubos e cabos já existentes.
Depois de fazer as anotações no mapa, começa e verdadeira “diversão”: saber a quem deve ser solicitada a permissão para realizar o cabeamento. As instalações no exterior devem contar com a aprovação das autoridades locais, provinciais e estatais, que terão uma grande influência na realização do projeto. Em algumas cidades, por exemplo, os cabos aéreos são proibidos. Algumas já contam com condutos enterrados que podem ser utilizados para trajetos específicos. Dado que muitas municipalidades instalaram redes pertencentes à cidade, elas podem oferecer fibra para alugar, em lugar de ter que realizar uma instalação própria.
A menos que esteja sendo realizado um trabalho para uma empresa de serviços públicos que possua contatos e que tenha obtido os direitos de servidão exigidos, será necessário entrar em contato com uma quantidade de novas pessoas que terão controle sobre o trabalho. E deverá ser estimado o tempo necessário para obter a aprovação de todas as pessoas envolvidas.
Ligue antes de cavar
Cavar de forma segura é de vital importância. O risco não é apenas o de interromper as comunicações, mas o de desenterrar linhas de alta tensão ou de gás. Será possível identificar alguns obstáculos durante as visitas com cartazes desse tipo. Várias empresas de serviços mantêm bancos de dados com informações sobre a localização dos serviços subterrâneos, e elas devem ser contatadas antes de cavar. Mas o mapeamento desses obstáculos deve ser feito durante a etapa do projeto e a informação verificada novamente antes de cavar, para ter a certeza de contar com dados atualizados.
Tudo isso parece confuso? Certamente o é. Cada projeto é diferente e requer uma análise cuidadosa das condições, inclusive antes de começar a escolher os componentes de fibra óptica e de planejar a instalação real. A experiência é o melhor professor.
Escolha
dos
componentes
Escolha dos componentes para instalações no exterior
A escolha dos componentes da rede de fibra óptica para exterior (OSP) começa com o planejamento do trajeto da rede de cabos. Uma vez definido o trajeto fica claro onde serão instalados os cabos, onde se encontram as emendas e onde se realizarão as terminações dos cabos. Tudo isso determina as escolhas que devem ser feitas em relação ao tipo de cabo, o equipamento e, algumas vezes, a metodologia de instalação.
A maioria dos projetos começa com a escolha do cabo. Como as aplicações no exterior costumam utilizar comprimentos significativos, eles podem ser fabricados por pedido para otimizar uma instalação determinada. Usualmente, isto permite economizar custos, mas exige mais conhecimentos de parte do usuário e mais tempo para negociar com diferentes fabricantes de cabo.
Para começar a especificar o tipo de cabo é necessário saber quantas fibras, e de que tipo, serão incluídas em cada cabo. É importante entender que a fibra, especialmente a fibra monomodo utilizada em praticamente todas as instalações no exterior, é econômica e a instalação é dispendiosa. O custo da instalação de um cabo para exterior pode ser cem vezes maior que o custo do próprio cabo. Escolher uma fibra monomodo é fácil, já que a fibra monomodo básica de 1300 nm (chamada fibra G.652) é adequada para tudo, exceto para enlaces largos o para os enlaces mais longos que utilizam a multiplexação por divisão de comprimento de onda. Essas instalações podem precisar de uma fibra especial otimizada de 1500 a 1600 nm (G.653 ou G.654). Nas redes de cabos no interior e em campi, a fibra multimodo OM3 de 50/125 otimizada para laser provavelmente seja a melhor escolha para qualquer instalação de fibra multimodo no exterior, devido a que sua atenuação mais baixa e sua maior largura de banda permitem que a maioria das redes funcione melhor.
Incluir mais fibras a um cabo não aumentará o custo do cabo proporcionalmente; o custo básico da realização de um cabo é fixo, e aumentar fibras não aumentará muito esse número. Escolher um projeto padrão também permitirá reduzir custos, já que os fabricantes podem ter o cabo em estoque ou construí-o ao mesmo tempo que a outros semelhantes. O único custo verdadeiro de adicionar mais fibras é o gerado pelas emendas e as terminações adicionais, que ainda é baixo em comparação com o custo total da instalação. Aliás, contar com fibras adicionais para futuras expansões, para sistemas de backup ou para casos de quebraduras de fibras individuais pode evitar muitas dores de cabeça no futuro.
A proteção contra a água ou a umidade e os elementos de resistência são características comuns das redes de cabos no exterior. A resistência necessária do cabo dependerá do método de instalação (ver abaixo). Todos os cabos instalados no exterior devem estar classificados para resistir a água e a umidade. Até há pouco, a maioria das pessoas escolhia um cabo cheio de um gel, mas, agora, os cabos com bloqueio de água a seco estão amplamente disponíveis e são os preferidos de muitos usuários. Estes cabos utilizam uma fita ou pó absorvente da água que se expande e sela o cabo em caso de entrada de água. Os instaladores preferem especialmente os cabos secos, já que não exigem a complicada e tediosa tarefa de eliminar o gel utilizado em muitos cabos, o que reduz muito o tempo de preparação para realizar emendas e terminações.
Os tipos de construção de cabos para exterior foram projetados especificamente para a favorecer a resistência do cabo, dependendo se ele será enterrado de maneira direta, puxado através de um conduto, submerso ou pendurado no ar com a ajuda de postes. Deve ser escolhido o tipo apropriado para a instalação do cabo. Em algumas aplicações até podem ser utilizados vários tipos de cabos. Contar com bons planos de construção ajudará a trabalhar com os fabricantes de cabo para encontrar os tipos de cabos apropriados e solicitar as quantidades suficientes. Sempre deve ser solicitado um cabo de comprimento maior que o trajeto a cobrir para poder realizar loops de serviço, preparar a terminação e ter um excedente para futuras necessidades de restauração.
Como acontece com os tipos de cabos, os tipos de equipamento da rede de cabos são diversos e devem ser escolhidos de acordo com os tipos de cabos utilizados. Com tantas opções de equipamento, trabalhar com os fabricantes de cabo é a forma mais rápida para escolher o equipamento e garantir a compatibilidade. Além da compatibilidade com o cabo, o equipamento deve ser apropriado para o local de instalação, que pode ser no exterior, sobre postes, enterrado, submerso, dentro de pedestais, depósitos ou edifícios. Às vezes, o equipamento deverá ser compatível com zoneamento local, por exemplo, em subdivisões ou parques comerciais. Pode levar muito tempo escolher este equipamento, mas é muito importante para uma confiabilidade duradoura da rede de cabos.
Os últimos componentes a escolher são o tipo de emenda e de terminação. A maioria das fibras monomodo para exterior é emendada por fusão, devido a que esse método oferece perdas e refletância baixas, e confiabilidade. A fibra multimodo, especialmente a OM3, também pode ser facilmente emendada por fusão, mas, quando são necessárias apenas umas poucas emendas, a emenda mecânica oferecerá desempenho e confiabilidade adequados. Se a terminação for feita diretamente nos cabos de fibra multimodo para exterior, será necessário contar com kits de desvio para proteger a fibra e fornecer confiabilidade ao momento de unir os conectores diretamente. Isto leva mais tempo de instalação que o processo de emendar fibras pigtail previamente terminadas aos cabos, como comumente é feito com os cabos de fibra monomodo, e possivelmente não permita economizar custos. Até se encontram disponíveis sistemas de rede de cabos pré-terminados para o exterior, o que reduz o tempo necessário para realizar a terminação e a emenda. Entre em contato com os fabricantes de cabo para determinar a viabilidade esta opção.
A escolha dos componentes apropriados para as instalações no exterior pode levar tempo, mas é importante para o funcionamento do sistema. Una vez escolhidos os componentes, as listas de materiais são adicionadas à documentação da compra e da instalação para referência futura.
Escolha dos componentes para instalações no interior
A
escolha dos
componentes para a instalação de fibra óptica no interior é
influenciada por
vários fatores, incluindo a escolha do equipamento de comunicação, o
encaminhamento físico da rede de cabos, e os códigos e regulamentos do
edifício. Se o projeto corresponder a uma rede corporativa (LAN),
provavelmente
incluirá um backbone de
fibra óptica
para conectar as salas de informática com os armários para fiação. Os
armários
para fiação contêm os interruptores que convertem o backbone de fibra em cabos UTP de cobre para os escritórios
conectados por cabo, e em cobre ou fibra para os pontos de acesso à
rede sem
fios. Em alguns escritórios, especialmente nos dos departamentos de
engenharia
ou design, pode ser necessária a fibra até o escritório, devido à sua
maior
capacidade de largura de banda. Nos sistemas de segurança (alarmes,
sistemas de
acesso, câmeras de circuitos fechados de televisão) podem ser
necessários cabos
ou fibras adicionais, e sistemas de gerenciamento de edifícios).
Projetar
redes
de cabos de fibra óptica exige coordenação entre todas as pessoas
envolvidas de
alguma maneira na rede, incluindo o pessoal de TI, a gerência da
empresa, os
arquitetos e engenheiros, etc., para garantir que todos os
requerimentos do
cabeamento sejam considerados simultaneamente e que os recursos sejam
compartilhados.
Como acontece com o os projetos para exterior, em primeiro lugar deve ser feita a escolha da fibra. A maioria das redes no interior utiliza a fibra multimodo, no entanto, muitos usuários agora instalam cabos híbridos com fibras monomodo para futuras expansões. A fibra de 62,5/125 micrômetros (fibra OM1) utilizada durante quase duas décadas foi substituída principalmente pela nova fibra de 50/125 otimizada para laser (OM3), já que esta última oferece vantagens significativas de largura de banda/distância.
Praticamente todos os equipamentos funcionarão tão bem na fibra OM3 de 50/125 quanto na fibra OM1 de 62,5/125, mas sempre é uma boa ideia verificar com os fabricantes do equipamento para ter certeza. É importante lembrar de incluir na documentação do projeto da rede as instruções para marcar todos os cabos e painéis de conexão com etiquetas cor azul turquesa (aqua), para indicar que se trata da fibra OM3.
O
cabo das
aplicações no interior geralmente é de distribuição ou de desvio. Os
cabos de
distribuição possuem mais fibras em um cabo de diâmetro menor, mas
exige uma
terminação dentro dos painéis de conexão ou das caixas nas paredes. Os
cabos de
desvio ocupam mais espaço, mas permitem realizar a conexão direta sem
equipamento, o que os torna adequados para o uso industrial. A
quantidade de
fibras por cabo pode ser um problema, já que os cabos backbone agora possuem muitas fibras para seu uso atual, para
futuras expansões e de reposição, o que torna os cabos de distribuição
a
escolha mais popular. A jaqueta do cabo deve possuir componentes de
retardamento de chamas, de acordo com o NEC (Código Elétrico
Nacional).
Geralmente é utilizado o cabo OFNR (riser),
a
menos que o cabo percorra espaços aéreos no interior, onde é
necessário
utilizar o cabo OFNP (plenum).
A
jaqueta do cabo para as fibras OM3 pode ser solicitada em cor azul
turquesa
(aqua) para que possa ser identificada como fibra óptica e como fibra
OM3 de
50/125.
No
caso de
cabos para a instalação entre edifícios, há opções disponíveis para
uso no
interior e no exterior que possuem bloqueio de água a seco e jaqueta
dupla. A
jaqueta externa é resistente à umidade para uso em exteriores, pero
pode ser
decapada facilmente, deixando somente a jaqueta interna resistente ao
fogo que
para o uso no interior.
A escolha do conector de fibra óptica também está mudando. Os conectores ST, e até os SC, estão sucumbindo ao sucesso do conector LC, que é menor. Como a maioria dos equipamentos de alta velocidade (gigabit e superior) utiliza conectores LC, utilizá-los na rede de cabos significa que deve haver compatibilidade com apenas um conector. O conector LC fornece uma outra grande vantagem aos usuários que estão migrando para a fibra OM3. O conector LC não é compatível com os conectores SC e ST, de forma que quando é utilizado em redes de cabos de fibra de 50/125, não é possível combiná-lo com as fibras de 50 e 62,5 devido à alta perda causada pela incompatibilidade entre as fibras.
Os cabos das instalações no interior devem ser instalados separadamente dos cabos de cobre para evitar o esmagamento. Às vezes, eles são pendurados com cuidado debaixo dos suportes para cabos de cobre ou são puxados através de um subduto. Utilizar os subdutos pode economizar tempo de instalação, já que o duto (que pode ser comprado com uma fita para tração já incluída) pode ser instalado rapidamente sem temor a provocar danos e, depois, o cabo de fibra óptica pode ser puxado de forma rápida e fácil. Em algumas aplicações é necessária a instalação de cabos de fibra óptica dentro de condutos subterrâneos, o que exige ter cuidado para minimizar as curvaturas, realizar trações intermediárias para limitar a força ao puxar ou utilizar lubrificantes para cabos de fibra óptica.
O equipamento necessário para a instalação deve ser escolhido com base no local onde será realizada a terminação dos cabos. As instalações no interior geralmente são de ponto a ponto e não são emendadas. Sempre que possível, deixar espaço para grandes raios nos painéis de conexão ou nas caixas nas paredes para minimizar a tensão nas fibras. Escolher um equipamento que possa ser acessado facilmente para realizar deslocamentos, inclusões e alterações, mas que possa ser bloqueado para evitar intrusões.
Nas aplicações no interior, vale a pena considerar um sistema pré-terminado. Nelas são utilizados cabos backbone que terminam em conectores multifibra e módulos de painéis de conexão é-terminados. Se a configuração da instalação for a apropriada, o fabricante do cabo poderá trabalhar em conjunto para criar um sistema de fibra óptica “plug and play” que não precisa de terminação no local e cujo custo pode ser muito competitivo em relação a um sistema terminado em campo.
Análise
da
quantidade de perda estimada do enlace da rede de cabos
A análise da
quantidade de perda
estimada é o cálculo e a verificação das características operacionais
de um
sistema de fibra óptica. Isto inclui elementos tais como o
encaminhamento, os
dispositivos eletrônicos, os comprimentos de onda, o tipo de fibra e o
comprimento do circuito. A atenuação e a largura de banca são os
parâmetros
chave para a análise da quantidade de perda estimada. O designer deve
analisar
a perda do enlace ao início da etapa de projeto, antes de instalar um
sistema
de fibra óptica, para certificar-se de que o sistema funcionará com a
rede de
cabos proposta.
Os componentes
passivos e ativos do
circuito podem ser incluídos no cálculo da quantidade de perda
estimada. A
perda passiva está composta pela perda da fibra, a perda do conector e
a perda
da emenda. É importante não esquecer os acopladores ou separadores no
enlace.
Se já foram escolhidos os dispositivos eletrônicos do sistema, podem
ser
considerados os componentes ativos como o comprimento de onda, a
potência do
transmissor, a sensibilidade do receptor e a faixa dinâmica. Se ainda
não foram
escolhidos, podem ser utilizados os valores de perda padrão ou
genéricos do
setor para a quantidade de perda estimada. Antes da ativação do
sistema, testar
a perda de inserção da rede de cabos com uma fonte e um medidor de
potência
para garantir que esteja dentro da quantidade de perda estimada.
O propósito da
quantidade de perda
estimada é garantir que o equipamento de rede funcionará no enlace de
fibra
óptica instalado. É normal ser conservador em relação às
especificações. Não
utilizar as melhores especificações possíveis para a atenuação da
fibra ou a
perda do conector para, dessa maneira, contemplar uma margem para a
instalação
e a degradação de componentes ao longo do tempo.
A melhor maneira
de demonstrar como é
calculada a quantidade de perda estimada é com um exemplo que exibe
como é
feito o cálculo para uma rede de cabos típica. Este é um enlace
híbrido
multimodo/monomodo de 2 km com cinco conexões (dois conectores em cada
extremidade e três conexões nos painéis de conexão do enlace) e uma
emenda no
meio. No gráfico a seguir é possível observar a configuração do enlace
e a
potência instantânea em qualquer ponto ao longo de todo o enlace, na
escala
exata, para que coincida com o gráfico de cima.
Perda de
componentes passivos da rede
de cabos
Passo 1. Calcular
a perda de fibra nos
comprimentos de onda de operação.
Comprimento do
cabo (km) |
2,0 |
2,0 |
2,0 |
2,0 |
Tipo de fibra |
Multimodo |
|
Monomodo |
|
Comprimento de
onda (nm) |
850 |
1300 |
1300 |
1550 |
Atenuação da
fibra (dB/km) |
3 [3,5] |
1 [1,5] |
0,4 [1/0,5] |
0,3 [1/0,5] |
Perda total da
fibra (dB) |
6,0 [7,0] |
2,0 [3,0] |
0,8 [2/1] |
0,6 [2/1] |
(As
especificações entre parêntesis são
os valores máximos de acordo com o padrão EIA/TIA 568. No caso da
fibra
monomodo, é permitida uma perda mais alta para as aplicações no
interior, 1
dB/km para o interior, 0,5 dB/km para o exterior).
Passo 2. Perda do
conector
Normalmente, os
conectores multimodo
terão perdas de 0,2-0,5 dB. Os conectores monomodo que são de fábrica
e possuem
emenda por fusão terão perdas de 0,1-0,2 dB. Os conectores monomodo
terminados
em campo podem ter perdas de 0,5-1,0 dB. A seguir, vamos calcular a
perda em um
caso típico e no pior caso.
Perda do
conector |
0,3 dB/m (típico
conector de tipo adesivo/polimento) |
0,75 dB
(conector de tipo pré-polimento/emenda e máximo aceitável de
acordo com o padrão TIA-568) |
Quantidade
total de conectores |
5 |
5 |
Perda total do
conector |
1,5 dB |
3,75 dB |
(Todos os
conectores podem ter um valor
máximo de 0,75 de acordo com o padrão EIA/TIA 568).
Ao realizar o
cálculo da quantidade de
perda estimada, muitos designers e técnicos esquecem que os conectores
na
extremidade da rede de cabos devem ser incluídos na quantidade de
perda
estimada. Quando é testada a rede de cabos, os cabos de referência são
acoplados a esses conectores e suas perdas são incluídas nas medições.
Passo 3. Perda da
emenda
As emendas
multimodo usualmente são
realizadas com emendas mecânicas, embora sejam utilizadas algumas
emendas por
fusão. O núcleo maior e as múltiplas camadas tornam a perda da emenda
por fusão
igual à perda da emenda mecânica, mas a primeira é mais confiável em
condições
ambientais adversas. Calcular 0,1 a 0,5 dB para emendas multimodo,
levando em
conta que 0,3 é uma boa média para um instalador com experiência. A
emenda por
fusão de fibras monomodo tipicamente terá menos de 0,05 dB (é isso
mesmo, menos
de um décimo de um dB).
Perda da emenda |
0,3 dB |
Quantidade
total de emendas |
1 |
Perda total da
emenda |
0,3 dB |
(Para realizar o
cálculo da quantidade
de perda estimada, todas as emendas podem ter uma perda máxima de 0,3,
de
acordo com o padrão EIA/TIA 568).
Passo 4. Perda
total da rede de cabos
Ao somar as
perdas da fibra, do
conector e da emenda é obtida a perda total do enlace da rede de
cabos.
|
Caso ideal [Máx. de acordo
com o TIA 568] |
|
Caso ideal [Máx. de acordo
com o TIA 568] |
|
Comprimento de
onda (nm) |
850 |
1300 |
1300 |
1550 |
Perda total da
fibra (dB) |
6,0 [7,0] |
2,0 [3,0] |
0,8 [2/1] |
0,6 [2/1] |
Perda total do
conector (dB) |
1,5 [3,75] |
1,5 [3,75] |
1,5 [3,75] |
1,5 [3,75] |
Perda total da
emenda (dB) |
0,3 [0,3] |
0,3 [0,3] |
0,3 [0,3] |
0,3 [0,3] |
Outras (dB) |
0 |
0 |
0 |
0 |
Perda total do
enlace (dB) |
7,8 [11,05] |
3,8 [7,05] |
2,6 [6,05/5,05] |
2,4 [6,05/5,05] |
Estes valores de
perda na rede de cabos
devem ser considerados o critério para realizar os testes. Deixar uma
margem de
+/- 0,2 a 0,5 dB correspondente à incerteza de medição, que será o
critério de
aprovação/reprovação.
Cálculo da
quantidade de perda estimada
do equipamento
A da quantidade
de perda estimada de
enlaces do equipamento depende da faixa dinâmica, a diferença entre a
sensibilidade do receptor e a saída da fonte para a fibra. É
necessário contar
com uma margem para a degradação do sistema ao longo do tempo ou por
causas
ambientais, portanto, restar essa margem (quase 3 dB) para obter a
quantidade
de perda estimada do enlace.
Passo 5. Dados
das especificações do
fabricante sobre os componentes ativos (enlace digital multimodo de
100 Mb/s
típico com uma fonte LED de 1300 nm).
Comprimento de
onda de operação (nm) |
1300 |
Tipo de fibra |
multimodo |
Sensibilidade
do receptor (dBm para a BER
requerida) |
-31 |
Saída do
transmissor média (dBm) |
-16 |
Faixa dinâmica
(dB) |
15 |
Margem de
excesso recomendada (dB) |
3 |
Passo 6. Cálculo
da margem de perda
Faixa dinâmica
(dB) (acima) |
15 |
15 |
Perda do enlace
da rede de cabos (dB em 1300 nm) |
3,8 (Típica) |
7,05 (TIA) |
Margem de perda
do enlace (dB) |
11,2 |
7,95 |
Como regra geral,
a margem de perda do
enlace deve ser superior a 3 dB, aproximadamente, para contemplar a
degradação
de componentes ao longo do tempo. Os LED no transmissor podem sofrer
desgaste e
perder potência, os conectores ou as emendas podem se degradar, ou os
conectores podem ficar sujos se são abertos para um reencaminhamento
ou teste.
Se os cabos forem cortados acidentalmente, a margem de excesso será
necessária
para que as emendas tenham capacidade de restauração.
A documentação da rede de cabos é uma parte necessária do processo de projeto e instalação de uma rede de fibra óptica que muitas vezes é esquecida. Documentar a instalação apropriadamente durante o processo de planejamento ajudará a economizar tempo e materiais na instalação. Tornará mais rápida a instalação dos cabos e os testes, devido a que o encaminhamento e as terminações serão conhecidos. Uma vez concluída a instalação dos componentes, deve ser preenchida a documentação com os dados do teste de perda para que o usuário final a aceite. Durante a resolução de problemas, a documentação simplifica o rastreamento de enlaces e a detecção de falhas. Em geral, é exigida a documentação apropriada para que o cliente aceite a instalação.
O processo e documentação começa ao início do projeto e continua até o final. Deve começar com a localização ou caminho da rede de cabos. Os cabos para exterior requerem documentação de todo o trajeto, mas também de detalhes sobre localizações exatas, por exemplo, do lado da rua onde se encontra, em que poste, onde e a que profundidade se encontram enterrados os cabos e as caixas de emendas, e se os marcadores ou a fita de rastreamento estão enterrados com o cabo. Os cabos para interior requerem detalhes semelhantes dentro de um edifício que permitam localizar o cabo em qualquer parte do caminho.
A maioria desses dados pode ser armazenada em desenhos do CAD, e um banco de dados ou software comercial que armazene dados dos componentes, das conexões e dos testes. Os enlaces longos no exterior que incluem emendas também podem ser rastreados por um OTDR, e esses dados podem ser armazenados como cópias impressas e, se possível, em arquivos informáticos em discos que fiquem disponíveis para visualizar mais tarde se surgir algum problema. É necessário ter um computador com o software apropriado para poder visualizar os rastreamentos, portanto, e deve haver uma cópia do programa de visualização nos discos com os arquivos. Em caso de armazenar digitalmente os dados do OTDR, será necessário manter uma lista dos arquivos de dados com a documentação para que seja mais simples encontrar os rastreamentos de OTDR específicos.
O processo de documentação
O processo de documentação começa com uma configuração básica da rede. Um rascunho nas plantas de um edifício pequeno pode funcionar, mas no caso de uma rede longa de um campus, metropolitana ou de longa distância, provavelmente seja necessário contar com um desenho do CAD completo. A melhor maneira de configurar os dados é utilizando um plano das instalações e adicionando as localizações de todos os cabos e pontos de conexão. Identificar todos os cabos, e racks ou painéis em armários, e depois estará pronto para transferir esses dados a um banco de dados.
Os cabos de fibra óptica, especialmente os cabos backbone, podem conter várias fibras que conectam vários enlaces diferentes que podem não ir para o mesmo lugar. Portanto, na rede de cabos de fibra óptica é necessário documentar a localização dos cabos, o caminho de cada fibra, as interconexões e os resultados dos testes. Devem ser registradas as especificações de cada cabo e fibra: o fabricante, o tipo de cabo e fibra, a quantidade de fibras, o tipo de construção do cabo, o comprimento estimado e a técnica de instalação (enterrado, aéreo, plenum, riser, etc.).
Será útil conhecer que tipos de painéis e equipamentos estão sendo utilizados, bem como que tipo de equipamento de extremidade deve ser conectado. Em caso de instalar uma grande rede de cabos com várias fibras escuras (sem utilizar), provavelmente algumas ficarão abertas ou sem terminar nos painéis, e isso também deve ser documentado. Ao projetar uma rede, é uma boa ideia contar com fibras de reposição e pontos de interconexão nos painéis para futuras expansões, reencaminhamento para reparação ou para mover o equipamento de rede.
Documentar é mais do que gerar registros. Todos os componentes devem ser identificados com etiquetas permanentes com códigos de cores em locais acessíveis. Uma vez determinado o esquema de etiquetas das fibras, cada cabo, fibra acessível e ponto de terminação deverá ser etiquetado para a sua identificação. É preferível que o esquema seja simples e, se possível, que sejam fornecidas explicações nos painéis de conexão ou dentro das tampas das caixas de terminação.
Proteção de registros
Os registros da documentação da rede de cabos são documentos muito importantes. Manter várias cópias de segurança de cada documento, para seu armazenamento em um computador ou em papel, em diferentes locais por segurança. Se for apresentada uma cópia ao cliente, o instalador deverá manter seus próprios registros para trabalhos futuros no mesmo projeto. Deve ser mantido um jogo completo em papel com um “kit de restauração” dos componentes, ferramentas e instruções apropriados para casos de interrupções de serviços ou danos nos cabos. Para que a documentação seja útil, deve estar sempre atualizada. Essa tarefa deve ser atribuída a uma pessoa no local com instruções de informar a todas as partes que devem manter cópias dos registros das atualizações necessárias. O acesso para modificar os registros deve ser restrito para evitar que sejam realizadas mudanças não autorizadas na documentação.
Uma vez concluído e documentado o projeto de fibra óptica, alguns pensam que o processo do projeto já está pronto. No entanto, isso é apenas o começo. O seguinte passo é planejar a instalação real. O planejamento da instalação é uma etapa fundamental em qualquer projeto, já que envolve atividades de coordenação de muitas pessoas e empresas. Provavelmente, a melhor maneira de manter tudo organizado seja elaborando uma lista de verificação baseada no projeto durante as primeiras etapas do trabalho.
O gerente do projeto
O problema mais importante tal vez seja contar com uma pessoa que funcione como ponto principal de contato durante o projeto. O gerente do projeto deve estar envolvido desde o início, deve entender o propósito do projeto, os aspectos técnicos, a configuração física e estar familiarizado com todo o pessoal e as empresas que participarão do projeto. Da mesma maneira, todas as partes devem conhecer esta pessoa, saber como entrar em contato com ela (24 horas, os sete dias da semana durante a instalação) e saber quem será seu substituto em caso que seja necessário.
A pessoa que o substitua também deve estar envolvida de forma que possa responder a maioria das perguntas, e até pode ter mais conhecimentos técnicos sobre o projeto, mas pode não ter total autoridade para tomar decisões. Nos grandes projetos, esta pessoa substituta pode ser a que realiza a manutenção da documentação e dos cronogramas, que faz o acompanhamento das compras e as entregas, as licenças, as subempreiteiras, etc., enquanto o gerente do projeto realiza as tarefas mais práticas.
Lista de
verificação do projeto
O planejamento de
um projeto é crítico
para o seu sucesso. A melhor maneira é elaborando uma lista de
verificação
antes de começar com o processo de projeto. A lista de verificação a
seguir é
ampla, mas cada projeto terá seus próprios e exclusivos requerimentos,
que
deverão ser adicionados. Não é necessário realizar todos os passos em
série.
Alguns podem ser feitos em paralelo para reduzir o tempo requerido
para o
projeto. O designer deve interagir com muitas outras pessoas e
organizações ao
realizar o projeto, portanto, os contatos dos recursos externos devem
estar disponíveis
junto com a documentação do projeto.
Processo do
projeto
·
Requerimentos das
comunicações de
enlace.
·
Trajeto do enlace
escolhido,
inspecionado, requerimentos especiais identificados, incluindo
inspeções e
licenças.
·
Especificar os
requerimentos de
equipamento de comunicação e componentes.
·
Especificar os
componentes da rede de
cabos.
·
Coordenar com o
pessoal das
instalações, de eletricidade e outro.
·
Documentação
completa e pronta para a
instalação.
·
Detalhar o plano
de testes.
·
Detalhar os
planos de restauração.
Pacote da
empreiteira para a
instalação.
·
Documentação,
desenhos, listas
técnicas, instruções.
·
Licenças
disponíveis para inspeção.
·
Diretrizes para
inspecionar o trabalho
em cada etapa, plano de testes.
·
Revisão diária do
avanço, dados dos
testes.
·
Normas de
segurança que devem ser
publicadas nos locais de trabalho e revisadas por todos os
supervisores e o
pessoal de instalação.
Requerimentos
para concluir a
instalação da rede de cabos.
·
Inspeção final.
·
Revisão dos dados
dos testes na rede de
cabos.
·
Instruções para
configurar e testar o
sistema de comunicação.
·
Atualização final
da documentação.
·
Atualização e
conclusão do plano de
restauração, armazenamento dos componentes e documentação.
Desenvolvimento de uma lista de verificação do projeto
A lista de verificação final do projeto terá vários pontos, todos eles de grande importância. Cada ponto deve ser descrito detalhadamente, com a indicação de onde e quando será necessário, e a pessoa responsável por ele. Ver o capítulo 10 para obter uma lista de verificação recomendada para a instalação de um projeto. Os componentes como os cabos e o equipamento da rede de cabos devem informar sobre os fornecedores, os locais e horários de entrega, e, às vezes, como devem ser entregues. O equipamento especial para a instalação também deve ser planejado, com informações sobre o que deve ser comprado e o que deve ser alugado. Se o local de trabalho não for seguro e a instalação levar mais de um dia, pode se tornar necessário contar com agentes de segurança no local de trabalho.
Deve ser desenvolvido um plano de trabalho que indique que especialidades serão necessárias, onde e quando. Com frequência, as instalações no exterior contam com uma equipe encarregada de puxar os cabos, especialmente as instalações com cabos enterrados, aéreos ou submarinos, outra equipe encarregada das emendas e, tal vez, outra mais encarregada dos testes. É comum que os instaladores que trabalham no exterior realizem apenas uma parte do trabalho, já que devem ter habilidades e treinamento no equipamento especializado como as máquinas de fusão ou os OTDR, bem como práticas de instalação: escalar os postes ou enterrar cabos. As contribuições de equipes de instalação podem ajudar a determinar o tempo aproximado necessário para cada etapa da instalação, e o que pode dar errado e afetar o cronograma.
E as coisas vão dar errado. Todo o pessoal que trabalhe no projeto deve receber informações sobre as normas de segurança e, preferentemente, uma cópia por escrito. Tanto os supervisores quanto os trabalhadores devem ter os números de contato do gerente do projeto, da pessoa que o substituirá em caso necessário, bem como de qualquer outro pessoal que possa ser preciso contatar. Devido a que alguns projetos exigem que o trabalho seja realizado fora das horas habituais, por exemplo, no caso de aeroportos ou dos edifícios governamentais muito movimentados, onde o cabeamento geralmente é feito durante a noite, é muito importante contar com um gerente do projeto disponível – preferentemente no local – enquanto é realizado o trabalho.
Durante a própria instalação, deve haver uma pessoa experiente no local para monitorar o avanço da instalação, inspecionar o trabalho, revisar os dados dos testes, criar relatórios diários dos avanços, e notificar imediatamente a gerência correspondente se algo parecer errado. Se o gerente do projeto não estiver tecnicamente qualificado, será importante contar com uma pessoa que tenha os conhecimentos técnicos. Essa pessoa deverá ter a autoridade suficiente para deter o trabalho ou exigir correções em caso de encontrar problemas graves.
Problemas de aterramento/instalações e energia
Este capítulo aborda os aspectos únicos do projeto e a instalação da rede de cabos de fibra óptica, mas este processo não pode ser feito isoladamente. A instalação de redes de cabos pode exigir licenças municipais, também pode ser necessária a colaboração de outras organizações para poder ter acesso através de suas propriedades e interrupções na construção. Todo sistema de comunicação exige não apenas a rede de cabos, mas também instalações para as terminações em cada extremidade, a localização do equipamento de comunicação, o fornecimento de energia (usualmente, energia ininterrupta de alta qualidade para a transferência de dados) e um aterramento separado para centros de dados. Dentro da instalação, devem ser realizadas conexões para os usuários finais do enlace.
Devido à grande quantidade de opções envolvidas na maioria dos projetos, resulta impossível resumir os problemas em umas poucas palavras, portanto, diremos somente que é necessário considerar o projeto final e completo para obter a cooperação de todas as partes, e coordenar a instalação final. Um dos recursos mais valiosos ao momento de projetar e instalar a fibra óptica é contar com uma empreiteira com experiência.
Desenvolvimento de um plano de testes
Toda instalação exige a confirmação de que os componentes estejam instalados apropriadamente. O instalador ou empreiteira deseja ter a certeza de que o trabalho está bem feito, para que o cliente esteja satisfeito e não seja necessário receber chamadas para solicitar reparações. Os clientes geralmente requerem os resultados dos testes, bem como uma inspeção visual final como parte da documentação de uma instalação apropriada antes de aprovar o pagamento.
No entanto, na nossa experiência, com frequência há dúvidas sobre o que deve ser testado exatamente e como devem ser documentados os resultados dos testes nos projetos de fibra óptica. Estes problemas devem ser acordados durante a etapa de concepção do projeto. O trabalho administrativo do projeto deve incluir especificações para os testes, referências aos padrões do setor e os resultados dos testes considerados aceitáveis de acordo com a análise da quantidade de perda estimada realizada durante a etapa de concepção do projeto.
O processo de teste de qualquer rede de cabos de fibra óptica pode exigir três etapas, o teste do cabo na bobina antes da instalação, o teste de cada segmento à medida que é instalado e, por último, um teste completo da perda de ponta a ponta de cada fibra na rede de cabos. Os testes práticos geralmente fazem referência ao teste de continuidade de apenas algumas fibras de cada bobina de cabo antes da instalação, para ter certeza de que o cabo não tenha sido danificado durante o envio. Depois, cada segmento é testado à medida que os instaladores vão terminando. Por último, todo o cabeamento é conectado e testado para avaliar a perda de ponta a ponta, para a documentação final.
Para ter certeza de que o cabo não foi danificado durante o envio desde as instalações do fabricante até o local de trabalho, e necessário solicitar uma inspeção visual das bobinas de cabo antes de aceitá-las e, se houver algum dano visível, testar a continuidade do cabo na bobina antes de instalá-lo. Como o custo de instalação é usualmente alto, com frequência muito mais alto que o custo dos materiais, faz sentido garantir que não esteja sendo instalado um cabo defeituoso, que depois deverá ser retirado e substituído. Geralmente, é suficiente testar a continuidade com um rastreador de fibra ou um localizador visual de falhas. No entanto, as bobinas de cabo longas podem ser testadas com um OTDR se for suspeita a presença de danos, e for necessário documentar o caso ou determinar se parte do cabo precisa ser descartada (ou conservada para obter mais tarde um reembolso pelo material danificado).
Após o cabo ter sido instalado e terminado, cada segmento da rede de cabos deve ser testado individualmente à medida que é instalado para ter certeza de que o conector e o cabo estejam em boas condições. Por último, deve ser avaliada a perda de cada instalação de ponta a ponta (de um equipamento conectado à rede de cabos a outro), conforme exigido por todos os padrões. É importante lembrar que cada fibra em cada cabo deverá ser testada, portanto, o número total de testes a realizar será equivalente ao número de segmentos de cabo multiplicado pela quantidade de fibras em cada cabo. Este processo pode levar muito tempo.
Testes obrigatórios vs. opcionais
Testar a rede de cabos completa exige realizar o teste de perda de inserção com uma fonte e um medidor de potência, ou com um conjunto de teste de perda óptica (OLTS), de acordo com o procedimento de teste OFSTP-14 para multimodo ou OFSTP-7 para monomodo do padrão TIA. O plano de testes deve especificar o método escolhido para definir a referência “0 dB” (um, dois ou três cabos de referência), já que isso afetará o valor da perda. O padrão TIA 568 exige a referência de um cabo, mas ela pode não ser adequada para todas as combinações de equipamentos de teste e conectores de rede de cabos. Os métodos de teste requeridos devem ser acordados previamente entre a empreiteira e o usuário.
Os testes de OTDR não são obrigatórios, nem suficientes quando realizados como único método para obter a certificação da rede de cabos. No entanto, as grandes extensões de cabeamento exterior que incluem emendas podem ser testadas com um OTDR para verificar o desempenho da emenda e detectar possíveis problemas causados pela tensão no cabo durante a instalação. Embora existam defensores do uso do OTDR para testar qualquer tipo de instalação de rede de cabos, incluídos os cabos curtos de interior, não é exigido pelos padrões do setor nem recomendado para os cabeamentos interiores. Muitas vezes, as extensões mais curtas de cabeamento interior e as conexões frequentes com alta refletância geram rastreamentos de OTDR confusos que causam problemas na função de autoteste do OTDR e, às vezes, até para os usuários de OTDR com experiência podem ser difíceis de interpretar.
Coordenação de testes e documentação
O plano de testes deve estar
coordenado com
a documentação da rede de cabos. A documentação deve indicar que
enlaces devem
ser testados e quais são os resultados esperados com base nos cálculos
de
quantidade de perda estimada. O plano de testes também deve
especificar como
devem ser incorporados os dados dos testes à documentação, para que a
instalação seja aceita e como referência em caso de futuros problemas
no
cabeamento que exijam uma restauração de emergência.
Planejamento da restauração
Nos Estados Unidos, aproximadamente uma vez por dia, um cabo de fibra óptica é danificado por uma empreiteira que cava ao redor do cabo, como é possível ver na imagem. Os cabos no interior não são tão vulneráveis, exceto pelos danos causados por erros do pessoal ou durante a eliminação de cabos abandonados. Toda rede é suscetível a sofrer danos, portanto, cada instalação precisa contar com um plano de restauração.
Uma
restauração
de fibra óptica eficaz depende da rápida localização do problema,
de saber como resolvê-lo, de contar com as peças corretas e de
realizar a
tarefa de forma rápida e eficiente. Como com qualquer outro tipo de
emergência,
o planejamento antecipado minimizará os problemas.
Documentação
para
a restauração
A
documentação é o elemento mais útil ao tentar resolver um problema em
uma rede
de fibra, especialmente durante a restauração. Começar com as fichas
técnicas
do fabricante de cada componente utilizado: dispositivos eletrônicos,
cabos,
conectores, equipamentos como painéis de conexão, caixas de emendas e
até
equipamento de montagem. Junto aos dados, é importante incluir os
dados de
contato da “linha de ajuda” do fabricante, a qual será imensamente
útil durante
a restauração.
Durante
a
instalação, marcar cada fibra em cada cabo em cada conexão, e manter
um
registro de onde se encontra cada fibra utilizando um software de
documentação
de rede de cabos ou uma simples planilha. Ao realizar o teste,
adicionar os
dados da perda obtidos com um conjunto de teste de perda óptica (OLTS)
e os
dados do refletômetro óptico no domínio do tempo (OTDR), quando
disponíveis.
Uma pessoa deve estar a cargo desses dados, o que inclui a sua
atualização em
caso de mudanças.
Equipamento
para
a restauração
Testes
e
resolução de problemas
É
necessário contar com o equipamento de testes apropriado disponível
para
resolver problemas e restaurar uma rede de cabos. Um OLTS também deve
ter um
medidor de potência para testar a potência dos sinais e poder
determinar se o
problema se encontra nos dispositivos eletrônicos ou na rede de cabos.
Uma
falha total em todas as fibras na rede de cabos significa uma
quebradura ou
corte no cabo. Para os cabos para interior, a localização costuma ser
simples
quando é utilizado um localizador visual de falhas ou VFL, que
consiste em um
laser de luz vermelha brilhante acoplado à fibra óptica, que permite
testar a
continuidade, realizar um rastreamento de fibras ou encontrar
conectores
defeituoso nos painéis de conexão.
Para
cabos
mais longos, será útil contar com um OTDR. As redes no exterior devem
utilizar o OTDR para documentar a rede de cabos durante a instalação.
Assim,
durante uma restauração, uma simples comparação dos dados da
instalação com os
novos rastreamentos permitirá detectar os problemas. Os OTDR também
permitem
detectar problemas menos graves, por exemplo, quando um cabo é dobrado
ou sofre
tensão, e gera uma perda mais alta, o que também pode causar problemas
na rede.
Ferramentas
e
componentes
Uma
vez
identificado o problema, ele deve ser reparado. Para a reparação é
preciso
contar com as ferramentas e o material corretos, bem como com pessoal
treinado.
Além do equipamento de testes necessário para resolver problemas, são
requeridas ferramentas de emenda e terminação, que podem incluir uma
máquina de
fusão para as redes de cabos no exterior. Também é necessário contar
com
componentes para realizar as uniões. Em cada instalação, deve ser
separada e
armazenada uma quantidade adicional de cabo e de equipamentos de
instalação
para futuras restaurações. Alguns usuários armazenam o material para
as
restaurações junto com a documentação, em um recipiente selado pronto
para seu
uso. É importante lembrar que os patch
cords de fibra óptica que conectam os dispositivos eletrônicos à
rede de
cabos também podem sofrer danos, mas não podem ser reparados. As peças
de
reposição devem estar disponíveis.
Um
grande
problema é puxar o suficiente das extremidades dos cabos para poder
realizar a emenda. Aproximadamente, é necessário um metro de cabo em
cada
extremidade para decapar o cabo, emendar as fibras e colocá-las em uma
caixa de
emendas. É recomendado projetar a rede de cabos com loops de serviço locais. Se as extremidades forem muito curtas,
será necessário emendar uma nova seção de cabo, que deverá ser mantida
longe do
material em excesso após a instalação.
O
que mais deve conter um kit de restauração, além de cabos e
equipamento da rede
de cabos? Deve mecânica, e o material apropriado. No caso das emendas,
são
necessárias caixas de emendas com o espaço adequado para uma
quantidade de
emendas igual à quantidade de fibras no cabo.
Tudo isso deve ser colocado em uma caixa devidamente marcada,
com uma
cópia da documentação da rede de cabos e armazenada em um local seguro
que
possa ser acessado facilmente pelas pessoas indicadas.
Preparação
do
pessoal
O
pessoal deve estar corretamente treinado para utilizar o equipamento,
resolver
os problemas e realizar as restaurações. E, naturalmente, também deve
estar
disponível quando for notificado. A maior demora na restauração de um
enlace de
comunicações de fibra óptica costuma ser o caos enquanto o pessoal
decide o que
fazer. Ter um plano conhecido pelo pessoal responsável é a questão
mais
importante.
Os grandes usuários de fibra
óptica contam
com planos de restauração, pessoal treinado e kits com material pronto
para seu
uso. Não é comum que a maioria dos usuários locais esteja pronta para
tais
contingências. Os usuários pensam que ter todo esse equipamento
dispendioso não
é rentável. Preferem ter um equipamento de testes econômico que
consista em um
VFL e um OLTS em cada extremidade do enlace, e contar com uma
empreiteira com
experiência para a restauração.
Gerenciamento
de um projeto de fibra óptica
Gerenciar um projeto de fibra óptica pode ser a parte mais fácil da instalação se o projeto e o planejamento foram realizados minuciosa e completamente. Caso contrário, pode se tornar a parte mais difícil. Mas, mesmo assumindo que tudo foi feito corretamente, algumas coisas podem dar errado, portanto, o planejamento para casos inesperados é muito importante. A seguir, apresentamos algumas diretrizes para gerenciar o projeto que podem minimizar os problemas e ajudar a ter uma rápida solução.
Gerenciamento e supervisão no local
Em primeiro lugar, uma pessoa deve estar a cargo, e toda pessoa envolvida deve saber quem são os chefes, inclusive eles mesmos. Durante o projeto, o chefe deve estar disponível imediatamente para consultas ou atualizações. Embora isto possa parecer óbvio, às vezes, o representante do usuário da rede tem outras responsabilidades (tais como o gerenciamento de um departamento de TI) e pode não estar disponível ou não desejar dedicar toda sua atenção ao projeto. A pessoa indicada para a tarefa de gerenciar o projeto deve estar envolvida e disponível a toda hora, preferentemente, no local de trabalho. Se for necessário, a responsabilidade poderá ser delegada ao supervisor da construção da empreiteira, quem deverá entregar relatórios diários e fornecer atualizações pessoais.
É importante certificar-se de que toda pessoa responsável de alguma parte do projeto conte com a documentação apropriada e tenha revisado o plano de instalação. Todos deveriam ter visitado os locais de trabalho relevantes e estar familiarizados com os locais. Também devem saber quem é o contato em caso de ter perguntas sobre os locais de trabalho, dentro do usuário da rede, a empreiteira e qualquer outra organização externa como os governos locais ou as empresas de serviços públicos. Todos devem ter os dados de contato do resto (geralmente, números de telefone celular, já que o e-mail pode ser muito lento e as mensagens instantâneas podem não ser uma opção para os trabalhadores no campo). O supervisor no local deve contar com uma câmera digital e tirar muitas fotos da instalação para arquivar com a documentação para futura referência e restaurações.
Todo o pessoal deve conhecer onde se encontram os componentes, ferramentas e materiais. Nos projetos grandes, o gerenciamento do equipamento e materiais pode ser uma tarefa de tempo integral. O equipamento especial, como os reboques para realizar emendas ou os caminhões com plataforma elevatória, deve ser agendado conforme seja necessário. O equipamento alugado deve ser verificado com os fornecedores para garantir a entrega a tempo no local de trabalho. Os contatos para suporte técnico do fornecedor devem constar na documentação para poder contatá-los e que respondam as perguntas que surjam durante a instalação.
Contato com autoridades locais
As instalações no exterior podem exigir que as autoridades locais disponibilizem pessoal de supervisão, pessoal policial para a segurança ou pessoal de trânsito em espaços públicos, que deverão estar envolvidos no cronograma. Se for necessário realizar inspeções do trabalho, elas deverão ser coordenadas, de forma a minimizar as interrupções por inspeções. O pessoal de supervisão é responsável pela segurança do local de trabalho e deve contar com os dados de contato apropriados, incluindo de serviços públicos tais como a polícia, os bombeiros e as ambulâncias.
Se o projeto terá uma duração de vários dias, é recomendado realizar reuniões diárias para revisar o avanço de cada dia. Como mínimo, estas reuniões devem envolver o supervisor do local de trabalho e um representante do usuário da rede a cargo do projeto. Se as coisas vão bem, essas reuniões deverão ser curtas. Em projetos mais longos, o pessoal de segurança noturno no local de trabalho deve contar com os dados de contato do gerente do projeto, que deve estar disponível 24 horas, os sete dias da semana, e dos serviços públicos.
Inspeção, testes e correções contínuos
As inspeções e os testes da rede de cabos instalada não devem ficar para o final do projeto. Através de testes constantes durante a instalação é possível detectar e solucionar problemas tais como tensões nos cabo e altas perdas nas terminações, antes que esses problemas se espalhem. Ao realizar um teste, cada instalador deve utilizar a documentação com os cálculos de quantidade de perda estimada e as perdas aceitáveis para avaliar os resultados dos testes. Todos os instaladores devem revisar seus trabalhos e os dos outros para garantir a qualidade.
O que fazer quando (e não “se”) as coisas dão errado? Aqui, os julgamentos são importantes. Quando acontece algum problema, é responsabilidade do supervisor no local decidir rapidamente se ele pode se encarregar do assunto. Em caso de não poder, deve saber quem pode fazê-lo e quem deve ser notificado. Com uma revisão regular do avanço, as interrupções podem ser minimizadas. As falhas no equipamento, por ex., em uma máquina de fusão, podem demorar o avanço, mas outras partes do projeto, como a instalação do cabo, podem continuar até que o equipamento esteja novamente disponível e seja possível continuar com a emenda. Os problemas de terminação devem ser revisados por um instalador com muita experiência, e para resolvê-los podem ser necessários novos materiais ou contar com pessoas com ainda mais experiência. Sempre deve ser contatado o suporte técnico do fornecedor em casos de dúvidas desse tipo ou se surgir algum problema.
Ao concluir a instalação, todo o pessoal relevante deve se reunir, revisar os resultados do projeto, atualizar a documentação e decidir se deve ser feita alguma outra coisa antes de fechar o projeto.
Verdadeiro ou
falso
Indique
se as declarações a seguir são
verdadeiras ou falsas.
____
1. Os
designers de redes de fibra óptica devem ter conhecimentos sobre os
sistemas de
energia elétrica e o equipamento, bem como do projeto de comunicações.
____
2. A
primeira questão a considerar em qualquer rede é escolher o tipo de
cabo de
fibra óptica apropriado.
____
3. As
discussões sobre que é melhor – cabos de cobre, de fibra ou redes
sem
fio – já não são relevantes, devido a que a fibra é a única
opção.
____
4. Em
relação ao cabeamento de fibra óptica, em muitos projetos pode ser
mais
rentável um projeto e fabricação personalizados.
____
5. O
teste de uma instalação de fibra óptica pode exigir três etapas: o
teste do
cabo antes da instalação, o teste de cada segmento à medida que é
instalado e
um teste final da perda de ponta a ponta.
Escolha
múltipla
Identifique
a opção mais adequada para completar
a declaração ou responder a pergunta.
____
6. Os
designers de redes de fibra óptica devem ter um profundo conhecimento
sobre
__________.
A. |
sistemas
e componentes de fibra óptica |
B. |
processos
de instalação |
C. |
todos
os padrões, códigos e regulamentos locais aplicáveis |
D. |
todas
as opções acima |
____
7. O
primeiro requerimento a levar em conta para um novo projeto de fibra
óptica é
__________.
A. |
o
sistema de comunicação do cliente e seus requerimentos |
B. |
a
localização da rede de cabos |
C. |
se
a fibra será multimodo ou monomodo |
D. |
o
orçamento do cliente |
____
8. O
projeto de uma rede de fibra óptica envolve __________.
A. |
determinar
os tipos de sistemas de comunicação envolvidos |
B. |
planejar
os trajetos de todo o cabeamento ou da rede sem fios |
C. |
escolher
o cabo e as mídias de transmissão apropriados |
D. |
todas
as opções acima |
____
9. Na
maioria dos sistemas de gerenciamento de edifícios é utilizado o
cabeamento
__________.
A. |
de
fibra óptica |
B. |
coaxial |
C. |
estruturado |
D. |
de
cobre exclusivo |
____
10.
Hoje, a maioria das redes no interior utiliza fibra multimodo
__________, mas
os cabos backbone podem
conter fibras
__________ para futuras expansões.
A. |
OM1,
OM3 |
B. |
OM1,
monomodo |
C. |
OM3,
monomodo |
D. |
OM2,
OM3 |
____
11.
__________ da rede de cabos é uma parte necessária do processo de
projeto e
instalação de uma rede de fibra óptica que muitas vezes é esquecida.
A. |
O
planejamento |
B. |
A
documentação |
C. |
O
plano do CAD-CAM |
D. |
Os
testes de OTDR |
____
12.
Qual é a informação mais útil ao tentar resolver um problema em uma
rede de
cabeamento em uma restauração?
A. |
O
número de telefone de uma empreiteira especializada em fibra
óptica. |
B. |
Os
dados de perda em cada fibra. |
C. |
Os
rastreamentos de OTDR. |
D. |
A
documentação. |
Resposta
múltipla
Identifique
uma ou mais opções adequadas para
completar a declaração ou responder a pergunta.
____
13.
Quais dos sistemas a seguir podem envolver as redes metropolitanas?
A. |
Câmeras
de vigilância de CCTV. |
B. |
Monitoramento
de tráfego. |
C. |
Serviços
de emergência. |
D. |
Sistemas
educacionais. |
Ler as seções sobre Projeto de redes de fibra óptica no Guia de Referência On-line da FOA, incluindo as páginas sobre LAN e FTTx.
Calcular as quantidades de perda estimadas do exemplo fornecido neste capítulo com outros comprimentos de onda para os sistemas típicos de fibra óptica.
Com os casos de estudo fornecidos pelo instrutor, projete várias redes de fibra óptica em um papel e considere problemas especiais que somente possam ser resolvidos por meio de observações no campo ou conversando com os usuários.