Capítulo
10
Instalação
da
rede de fibra óptica
Objetivos: Neste capítulo, você aprenderá:
O que envolve a instalação de fibra óptica.
O papel da empreiteira e do instalador.
A preparação para a instalação.
Oque envolve o processo de instalação.
Como verificar a qualidade da instalação.
A segurança nas instalações de fibra óptica.
Uma vez concluído o projeto da rede de fibra óptica, o seguinte passo é instalá-la. A que fazemos referência com o “processo de instalação”? Supondo que o projeto está concluído, nos encontramos perante o processo de instalar fisicamente a rede e completá-la, tornando o projeto em um sistema operacional. Este capítulo cobre a preparação para a instalação, os requerimentos de treinamento e segurança, e o processo de instalação real.
O papel da empreiteira na instalação
Para começar a trabalhar em uma instalação de fibra óptica, o proprietário ou usuário da rede deve escolher uma empreiteira, tal vez a decisão mais importante de todo o processo. A empreiteira de fibra óptica deverá ser capaz de trabalhar com o cliente em cada projeto de instalação durante seis etapas: projeto, instalação, testes, resolução de problemas, documentação e restauração. A empreiteira deverá ter experiência nas instalações de fibra óptica que serão feitas e deverá fornecer referências de trabalhos semelhantes.
É necessário confiar na empreiteira não apenas para a realização da instalação, mas também para que assista no projeto da rede e ajude a escolher os componentes e fornecedores. Uma vez selecionada a empreiteira, ela deverá poder ajudar o cliente com o projeto, o que inclui a escolha dos tipos de fibras, cabos, conectores e equipamento adequados para a instalação. A empreiteira deveria saber que componentes atendem aos padrões do setor para garantir a interoperabilidade e que componentes de última geração facilitarão a futura capacidade de expansão.
Uma empreiteira com experiência também deverá poder ajudar na escolha dos fornecedores. A experiência com determinados tipos de produtos e fornecedores permitirá à empreiteira ajudar o cliente a escolher produtos que tornem a instalação mais rápida e fácil, e que permitam obter um desempenho mais alto e mais confiável. Se o cliente escolher componentes com os quais a empreiteira não está familiarizada, a empreiteira deverá ser informada em uma etapa inicial do processo para que possa realizar o treinamento necessário, usualmente de parte do fabricante, bem como obter as ferramentas adequadas.
Em geral, o cliente não está familiarizado com a tecnologia da fibra óptica nem tem a prática que uma empreiteira experimentada tem. A empreiteira pode precisar discutir determinadas escolhas com o cliente em caso de considerar que pode haver melhores alternativas.
O processo de instalação real pode envolver muito mais que apenas instalar cabos, realizar terminações e testar a instalação. Se a empreiteira tiver conhecimentos e experiência, o usuário poderá pedir que ela compre, receba, inspecione e traga os componentes ao local de trabalho, o que pode ser outra boa fonte de renda para a empreiteira. O fato de ter o controle do processo do material também facilita a vida da empreiteira, quem poderá garantir o cronograma, já que não dependerá do cliente, quem tem outras prioridades. Além disso, terá a liberdade de escolher componentes com os quais esteja mais familiarizada, o que facilita o processo de instalação real.
Os técnicos que realizarão a instalação devem estar treinados e certificados por uma organização como A Associação de Fibra Óptica (FOA, www.thefoa.org), ou pelos fabricantes dos produtos que serão instalados. A certificação garante que os técnicos da instalação tenham os conhecimentos e as habilidades necessárias para realizar o trabalho.
Os últimos quatro requerimentos da empreiteira (testes, resolução de problemas, documentação e restauração) devem ser discutidos antes de iniciar o projeto. Cada projeto de fibra óptica requer testes de perda de inserção de cada enlace com uma fonte de luz e um medidor de potência, ou um conjunto de teste de perda óptica, de acordo com os padrões do setor. Alguns projetos, como os enlaces longos no exterior que incluem emendas, também podem exigir testes de OTDR. A empreiteira e o cliente devem acordar que os testes incluam a resolução de problemas e sua reparação, bem como a documentação dos resultados dos testes de cada enlace.
Da mesma maneira, para a empreiteira, a documentação deve começar antes do início do projeto, para que todos conheçam o alcance do trabalho, e finalizar quando sejam inseridos os dados do teste final. Podem ser requeridas cópias da documentação, junto com os componentes adicionais da instalação, para entregar ao cliente, com o objetivo de facilitar futuras restaurações da rede.
O contrato
O contrato de uma instalação de fibra óptica deverá incluir os requisitos detalhados do projeto, explicar exatamente o que será instalado, os resultados dos testes considerados aceitáveis e a documentação que deverá ser fornecida. Tudo isso deve ser discutido entre o cliente e a empreiteira, e acordado por escrito. Não há detalhes irrelevantes, todos são importantes para garantir que o cliente receba o que espera e que a empreiteira saiba o que é esperado de parte dela ao projetar a rede, estimar os custos, realizar a instalação real, fornecer uma prova do desempenho para demonstrar que o trabalho foi concluído e que deve ser feito o pagamento.
Planejamento do projeto
Uma vez que o
contrato tenha sido
assinado e os planos tenham sido entregues à empreiteira, qual é o
seguinte
passo? A primeira tarefa é planejar o trabalho. Um planejamento
apropriado é
importante para garantir que o trabalho seja instalado corretamente, a
tempo e
que atenda ao objetivo de custos, para que a empreiteira possa obter
um lucro.
Espera-se que
exista um projeto
terminado, que seja conhecido onde e como será instalada cada coisa, e
que
todos os requerimentos especiais, como as licenças, estejam prontos.
Também
espera-se que exista uma data de conclusão do trabalho que seja
razoável, se
possível. Então, o primeiro passo é realizar um cronograma que será o
ponto
central do processo de planejamento.
Para realizar o
cronograma de um
trabalho, é necessário contar com muitas informações, muitas das quais
são
obtidas das estimativas realizadas ao licitar o trabalho. Quando os
compradores
estabelecem o preço dos componentes a utilizar em um trabalho, também
devem
obter os prazos de entrega. Alguns dos itens utilizados nos projetos
de fibra
óptica são itens padrão, como conectores, painéis de conexões ou
caixas de
emendas. Mas, os cabos, eles devem ser fabricados por pedido.
Muitos cabos de
fibra óptica são feitos
sob medida, já que dependem do tipo de cabo, do número e tipo de
fibras e da
codificação das cores. Em geral, os cabos personalizados são mais
econômicos,
já que, por exemplo, não incluem fibras para especificações não
necessárias,
mas obtê-los leva mais tempo, porque são fabricados de zero. Ao
especificar um
cabo de fibra óptica, sempre tentar ter algumas fibras adicionais, em
caso de que
alguma seja danificada durante a instalação.
Uma empreiteira
astuta sempre tenta
utilizar o mesmo tipo de componentes em todos seus trabalhos para
estar
familiarizada não apenas com o processo de instalação, mas também com
os custos
típicos (isto é, o número de conectores ou emendas que aprovarão o
teste na
primeira tentativa) e com os problemas que possam surgir.
Se os
instaladores não estiverem
familiarizados com alguns dos componentes, eles deverão aprender a
instalá-los
corretamente, praticando no seu tempo livre no escritório ou
solicitando um
treinamento aos fabricantes. Também pode surgir a necessidade de
treinamento
quando é requerido um novo tipo de equipamento, como as ferramentas
para
instalar cabos no exterior ou novos tipos de equipamentos de testes. A
principal regra para a instalação é nunca levar ao trabalho um
componente ou
uma ferramenta que não seja familiar, já que será uma fórmula para o
desastre.
Os compradores
devem solicitar os
componentes uma vez confirmado o projeto e organizar a entrega no
local de
trabalho, seja para ter tudo disponível antes de começar a instalação
ou, no
caso de um projeto grande, para contar com um cronograma mais extenso,
de
acordo com o tempo que levará a instalação desse componente. Aqui
também deve
ser planejado onde serão entregues os componentes, por exemplo, em uma
área de
descarga em um depósito ou no local de trabalho.
Os componentes
entregues no local de
trabalho podem exigir medidas de segurança. Os roubos, particularmente
dos
cabos, podem ser um problema, já que muitos ladrões pensam que todos
os cabos
contêm cobre, e o preço do cobre os torna valiosos. Mas o vandalismo é
outro
problema, e exige que os componentes estejam trancados ou, se forem
muito
grandes para serem armazenados no interior, como é o caso das grandes
bobinas
de cabo ou dos subdutos de fibra óptica, será necessário contar com
agentes de
segurança no local durante a noite.
A continuação,
deve ser realizado um
cronograma de trabalho. De novo, as estimativas indicarão quantos
instaladores
serão necessários, com que tipo de experiência deverão contar e qual
será o
tempo estimado para concluir a instalação. Se for necessário realizar
algum
treinamento, deverá ser adicionado o tempo necessário para essa tarefa
no
cronograma.
Uma vez incluídos
o trabalho e o
material no cronograma, o planejamento estará quase pronto. Revisar o
cronograma com todas as pessoas envolvidas para poder iniciar os
processos,
começando pela aquisição do material. Depois, adicionar ao plano uma
revisão
das normas de segurança para os supervisores, instaladores e para
todas aquelas
pessoas que devam estar no local de trabalho. Também devem ser
adicionadas
observações para armazenar os restos de cabos, conectores, etc., e
manter o
usuário informado, caso esses elementos sejam necessários para uma
restauração
futura.
Se a data de
início não for amanhã
(porque o cliente queria tê-lo ontem…) e houver outros projetos em
andamento,
controlar regularmente o cronograma para certificar-se de que tudo
esteja
pronto a tempo, para evitar surpresas de última hora.
Lista
de
verificação da instalação
O planejamento da
instalação é uma
etapa fundamental em qualquer projeto, já que envolve atividades de
coordenação
de muitas pessoas e empresas. A melhor maneira de manter tudo
organizado é
elaborando uma lista de verificação baseada no projeto. A lista de
verificação
a seguir é ampla, mas cada projeto terá seus próprios e exclusivos
requerimentos, que deverão ser adicionados à lista.
Lista de
verificação prévia à
instalação:
·
Ponto de contato
principal/gerente do
projeto escolhido.
·
Requerimentos das
comunicações de
enlace.
·
Requerimentos de
equipamento e
componentes definidos, e fornecedores escolhidos.
·
Trajeto do enlace
escolhido, licenças
obtidas.
·
Componentes da
rede de cabos e fornecedores
escolhidos.
·
Coordenação com o
pessoal das
instalações e de eletricidade concluída.
·
Documentação
completa e pronta para a
instalação, planos preliminares de restauração prontos.
·
Plano de testes
completo.
·
Cronograma e data
de início definida
para a instalação, todas as partes notificadas.
·
Componentes
solicitados e datas de
entrega definidas; planos para receber o material (hora, local),
segurança
solicitada em caso de que fiquem no exterior ou no local de
construção.
·
Empreiteira/instalador
escolhido e data
de início definida.
·
Exploração do
trajeto do enlace com
a(s) empreiteira(s).
·
Revisão dos
planos de construção com
a(s) empreiteira(s).
·
Revisão dos
componentes escolhidos com
a(s) empreiteira(s).
·
Revisão do
cronograma com a(s) empreiteira(s).
·
Revisão das
normas de segurança com
a(s) empreiteira(s).
·
Revisão dos
material que será
armazenado para restaurações a(s) empreiteira(s).
·
Revisão do plano
de testes com a(s)
empreiteira(s).
Antes de começar
a instalação:
·
Todas as licenças
disponíveis para
inspeção.
·
Locais
preparados, energia elétrica
disponível.
·
Todos os
componentes no local,
inspecionados, com segurança as 24 h, se for necessário.
·
Empreiteira
disponível.
·
Pessoal relevante
notificado.
·
Normas de
segurança publicadas nos
locais de trabalho e revisadas por todos os supervisores e o pessoal
de
instalação.
Durante a
instalação:
·
Inspeção da
qualidade do trabalho a
cada passo.
·
Revisão diária do
avanço, avanço, dados
dos testes.
·
Notificação
imediata e resolução de
problemas, interrupções, etc.
Após concluir a
instalação da rede de
cabos:
·
Inspeção da
qualidade do trabalho.
·
Revisão dos dados
dos testes na rede de
cabos.
·
Configuração e
testes do sistema de
comunicação.
·
Atualização e
conclusão da
documentação.
·
Atualização e
conclusão do plano de
restauração.
·
Armazenamento do
plano de restauração,
documentação, componentes, etc.
Preparação
para instalações de fibra óptica no interior
Antes de iniciar a instalação dos cabos
de fibra óptica e do equipamento no interior, o local deve estar
adequadamente
preparado para a instalação dos cabos de fibra óptica, dos componentes
e do
equipamento de transmissão. Durante as etapas de projeto e
planejamento, o
local deve ter sido inspecionado, e todo o equipamento necessário para
a rede de
cabos incluído no projeto.
Estruturas de suporte no
interior
Há tantas estruturas utilizadas para segurar os cabos de fibra óptica em instalações no interior que é difícil generalizar. Os cabos podem ser pendurados em dispositivos apropriados, colocados em suportes para cabos ou puxados através de condutos ou subdutos. A terminação dos cabos pode estar em racks dentro de salas de telecomunicações, em caixas nas paredes ou até em tomadas de parede. A preparação para a instalação inclui o planejamento do armazenamento do cabo para loops de serviço por trás dos racks, como é exibido aqui.
Devem ser instaladas estruturas de
suporte para as instalações de cabos de fibra óptica antes da
instalação do
cabo. Tais estruturas devem respeitar as diretrizes dos padrões
correspondentes, como TIA/EIA 569-A e NECA/BICSI 568-2001. Ao
determinar o
tamanho das vias, deverá ser considerado um espaço para o futuro
aumento da
quantidade de cabos o do tamanho deles. Devem ser respeitados todos os
requerimentos de raio de curvatura dos cabos e, se possível, é
necessário
evitar realizar a instalação em locais perigosos.
Às vezes, os cabos novos podem ser
colocados em suportes existentes. Não instalar um cabo de fibra óptica
em um
conduto ou duto que já tenha cabos, independentemente do tipo de cabo,
para
evitar danos. Os condutos vazios, novos ou existentes, podem ser
modificados para aceitar diferentes instalações com a colocação
apropriada de
subdutos.
As estruturas de suporte no interior
também incluem painéis de conexão para as terminações. Elas podem ser
montadas
em racks ou na parede, e
devem ser
escolhidas apropriadamente para os tipos de cabos utilizados. Os cabos
simplex ou zip-cord terminados podem estar em painéis abertos, mas as fibras
de buffer apertado de 900
micrômetros
dos cabos de distribuição devem estar em painéis fechados para
protegê-las. Se
possível, as estruturas de suporte devem ser projetadas de forma que
exista um
espaço adequado para a terminação dos cabos e para o armazenamento
para loops de serviço.
Corta-fogo
O cabeamento interior exige sistemas de
proteção contra incêndios em cada uma das entradas dos cabos nas
pareces e
tetos. Além disso, os sistemas de proteção contra incêndios para as
telecomunicações devem cumprir os códigos e padrões correspondentes.
Todas as
entradas devem ser protegidas com sistemas corta-fogo aprovados.
Na maioria das áreas, a ruptura de uma
separação contra incêndios requererá monitoramento físico até que seja
reparada. Verificar com a autoridade com jurisdição os
requerimentos
específicos do projeto antes de começar a trabalhar.
Sistemas elétricos
Todos os equipamentos de fibra óptica
vão
requerer energia elétrica adequada no local onde estejam localizados.
A energia
deve ser de alta qualidade, contar com proteção contra surtos e picos
de
tensão, e deve ter capacidade de backup
para evitar a perda de comunicação durante uma interrupção no
fornecimento de
eletricidade. Os equipamentos de dados exigem um aterramento separado
e energia
elétrica adequada para o ar condicionado durante todo o ano. Deve ser
considerada a eficiência na refrigeração para reduzir o consumo de
energia.
Consultar o proprietário do local, o cliente e o pessoal usuário
relevante para
planejar a instalação elétrica.
Aterramento e ligação
Todos os cabos e componentes condutores devem ser ligados e aterrados apropriadamente. Os sistemas de aterramento devem ser projetados conforme especificado pelo NEC (Código Elétrico Nacional), ou outros códigos ou padrões aplicáveis. Embora os cabos de fibra óptica, em geral, não sejam condutores, todo equipamento metálico utilizado nos sistemas de cabeamento de fibra óptica (como as caixas de terminação nas paredes, os racks e os painéis de conexão) deve ser aterrado. Todos os cabos condutores exigem aterramento e ligação apropriados para os condutores correspondentes.
Marcação e identificação de cabos
Os cabos de fibra óptica devem ser
identificados com jaquetas de cores, de acordo com os padrões do
setor. Isto
permite identificar os cabos como de fibra óptica e indicar o tipo de
fibra
dentro do cabo. Todas as terminações dos cabos de fibra óptica
devem ser
marcadas nos racks ou nas
caixas onde
os cabos são terminados. Os cabos devem ser etiquetados para indicar
que são
cabos de fibra óptica e que devem ser tratados apropriadamente.
Deve ser tomado particular cuidado em
atualizações de cabeamentos interiores. Durante quase duas décadas, a
fibra
multimodo de 62,5/125 foi a mais utilizada para o cabeamento interior.
Com o
surgimento das redes gigabit, a fibra de 50/125 otimizada para laser
se tornou
mais popular. Quando essas duas fibras são misturadas, pode haver uma
perda
excessiva nas conexões, o que faz com que os sistemas não funcionem
corretamente. Sempre que possível, devem ser utilizados os códigos de
cor, as
marcações e até a utilização de conectores não compatíveis (SC ou ST
com fibra
de 62,5/125, e LC com fibra de 50/125).
Eliminação de cabos abandonados
Exceto que seja indicado pelo
proprietário ou outro organismo que os cabos não utilizados devam ser
armazenados para seu uso no futuro e marcados apropriadamente, os
cabos de
fibra óptica abandonados (cabo terminado em um conector, mas não em um
equipamento, e que não está identificado com uma etiqueta para uso
futuro)
deverão ser eliminados, conforme exigido pelo Código Elétrico Nacional
(NEC) ou
os códigos locais.
A critério do proprietário do local,
poderá ser exigido à empreiteira que elimine outros cabos (por ex., de
comunicações de cobre ou de eletricidade). A eliminação dos cabos
consume muito
mais tempo que a instalação, já que cada cabo deve ser identificado e
eliminado
cuidadosamente para evitar danar outros cabos. Nenhum cabo deve ser
cortado
para eliminar, a menos que tenha sido positivamente identificado como
o cabo
que deve ser eliminado.
Todos os cabos eliminados devem ser
reciclados apropriadamente. A maioria dos cabos de comunicações tem um
valor
importante como material de descarte, não apenas pelos condutores de
cobre, mas
também por outros elementos metálicos ou de plástico.
Preparação
para instalações no exterior
As instalações de cabos de fibra óptica no exterior (OSP) podem ser muito diferentes das instalações no interior. As instalações no exterior podem incluir instalar cabos aéreos, cabos enterrados de maneira direta, cabos em condutos, ou a instalação de condutos ou subdutos e a posterior tração do cabo, ou a colocação de cabos submarinos. Um único enlace pode incluir vários tipos de instalação, por exemplo, um cabo aéreo em uma seção, através de um conduto para atravessar uma ponte e o resto do cabo enterrado.
Os cabeamentos podem finalizar ao entrar em um edifício, ou na ponta de um poste onde se encontram as câmeras de vigilância ou os pontos de acesso a uma rede sem fios. As emendas onde os cabos são concatenados podem estar localizadas em pedestais, enterradas ou penduradas em caixas de emendas aéreas.
A diversidade das instalações no exterior faz com que seja muito importante que a empreiteira conheça detalhadamente o trajeto do cabo. Assim como o estimador deve percorrer o trajeto antes de começar a realizar estimativas, a empreiteira precisa visualizar as situações reais com as que se encontrará. Esta inspeção permitirá determinar os problemas que serão encontrados, que equipamento especial será necessário e, inclusive, verificar novamente que todas as licenças necessárias estejam em ordem. Para puxar cabos longos através de condutos, pode ser necessário utilizar lubrificantes ou trações intermediárias, e, para isso, os instaladores devem saber como realizar uma “forma de 8” no cabo para evitar dobraduras.
Ligue antes de cavar
Essa antiga história de que a falha mais comum dos sistemas de comunicação por fibra óptica é causada por retroescavadeiras que curtam os cabos não é uma piada. Ela nos lembra que cavar de forma segura é de vital importância. O risco não é apenas o de interromper as comunicações, mas o de desenterrar linhas de alta tensão ou de gás. Várias empresas de serviços mantêm bancos de dados com informações sobre a localização dos serviços subterrâneos, e elas devem ser contatadas antes de cavar. Mas o mapeamento desses obstáculos deve ser feito durante a etapa do projeto e a informação verificada novamente antes de cavar, para ter a certeza de contar com dados atualizados.
Equipamento
Os trabalhos no exterior podem
exigir a
instalação de estruturas de suporte antes de poder começar a instalar
os cabos.
É possível que os novos condutos ou subdutos devam ser enterrados, ou
que seja
necessário verificar condutos existentes, eliminar os cabos antigos e
instalar
novos subdutos. Alguns cabos enterrados também podem exigir a
instalação de
bueiros ou de depósitos de ambiente controlado para os equipamentos,
bem como
de condutos.
A empreiteira não somente precisa
considerar todo o equipamento que deve ser instalado, mas também deve
programar
o equipamento especial necessário: escavadeiras ou enterradores de
cabo,
retroescavadeiras, caminhões com plataforma elevatória, guinchos de
cabos,
etc., e deve certificar-se de que o pessoal esteja bem treinado para
utilizá-lo.
Emenda de cabos
Uma vez colocada a infraestrutura
e
instalados os cabos, começa o trabalho com a fibra óptica. Neste
momento, o
importante é programar a disponibilidade do equipamento de fibra
óptica
apropriado. Quando o cabo é emendado no exterior, normalmente é
utilizado um
reboque para realizar emendas, a menos que as emendas sejam feitas em
um poste
ou uma plataforma elevatória, em cujo caso será necessário contar com
uma
barraca para casos de mau tempo.
Cada emenda deve ser verificada
com um
teste do OTDR. Preferentemente, os testes são realizados à medida que
é
concluída uma emenda, portanto, para que o processo seja eficiente,
enquanto é
feita uma emenda em uma extremidade do cabo, um técnico de testes está
na outra
com um OTDR para verificar cada emenda. As máquinas fusionadoras
fornecem uma
estimativa de perda da emenda, mas é apenas isso, uma estimativa, e
voltar mais
tarde, abrir uma caixa de emendas e emendar novamente é uma opção
dispendiosa.
É preciso certificar-se de que
cada fibra
seja colocada cuidadosamente na caixa de emendas para evitar danos, e
a caixa
deve ser selada com atenção para evitar a degradação de longo prazo.
E, como
sempre advertimos as pessoas que realizam emendas, a marcação adequada
das
fibras dentro da caixa permitirá identificar as fibras mais
facilmente, caso
seja necessário entrar no futuro para resolver um problema.
Terminação
Os cabos são terminados dentro de
instalações e conectados a equipamentos de comunicação. Em geral, os
cabos para
exterior não atendem aos requerimentos de inflamabilidade do NEC,
portanto, o
cabo que entra a um edifício deve ser terminado ou emendado com cabos
para
interior, frequentemente, dentro dos 16 metros (50 pés) para atender
aos
códigos contra incêndios. Alguns cabos para exterior têm jaqueta
dupla, uma
externa para o exterior e uma interna para uso no interior. A jaqueta
externa
pode ser decapada para o uso dentro do edifício, em cujo caso será
utilizado o
mesmo cabo até a sala de equipamentos. Os cabos que são terminados em
pedestais
ou depósitos não devem cumprir esse requerimento.
Em geral, os cabos monomodo para
exterior
são terminados com a emenda de uma fibra pigtail
em cada fibra, e são colocados em uma caixa de emendas. As fibras
multimodo
podem ser tratadas do mesmo modo ou terminadas diretamente nas fibras.
A
maioria dos cabos para exterior exige a instalação de um kit de desvio
que
cobre cada fibra com um tubo o suficientemente resistente para
realizar uma
terminação direta.
Equipamento
do
pessoal de instalação
Equipamento do instalador com ferramentas
Quando se aproxima o momento da instalação, é hora de determinar como equipar o pessoal que realizará o trabalho. Escolher os equipamentos de instalação e de testes apropriados é importante, já que isso afetará o tempo e a qualidade da instalação, e até determinará a rentabilidade do trabalho. A frequência com que acontecem problemas causados pelas ferramentas é impactante: devido a um projeto deficiente, o uso incorreto, o mau estado ou a falta de familiaridade com seu uso.
As ferramentas de instalação incluem grandes equipamentos como caminhões com plataforma elevatória, escavadeiras, e puxadores e enterradores de cabo. A necessidade desse tipo de ferramentas será estabelecida nas etapas de planejamento. Muitas empreiteiras não contam com equipamentos dispendiosos como esses, porque é mais rentável alugá-los quando são necessários. Se o pessoal não estiver familiarizado com um equipamento em particular, será mais rentável delegar o trabalho a outra pessoa que tenha o equipamento e o pessoal qualificado para utilizá-lo, já que os erros na operação podem ser desastrosos – caros e perigosos.
Em geral, os cabos para exterior e os cabos monomodo para interior exigem emendas por fusão para a concatenação de cabos de longa distância e emendas de fibra pigtail para a terminação. Como as máquinas de fusão se tornaram mais econômicas, muitas empreiteiras as adquiriram. As empreiteiras que têm poucos projetos que exigem emendas por fusão preferem alugar o equipamento, já que, dessa forma, estarão usando o modelo mais recente da máquina de fusão, com a última tecnologia. A desvantagem de alugar o equipamento e que os instaladores podem não estar familiarizados com determinado modelo, e precisarão treinamento ou tempo para se familiarizar com ele. Em caso de contar com equipamento próprio, espera-se que o pessoal esteja familiarizado com seu uso, assim, somente precisarão inspecionar a unidade para garantir que esteja funcionando corretamente e que eletrodos de arco estejam em boas condições.
As empreiteiras costumam contar com equipamento de terminação para fibra multimodo próprio, já que é utilizado na maioria dos trabalhos. Geralmente, cada empreiteira tem seu método de terminação preferido, seja de tipo adesivo/polimento ou de pré-polimento/emenda. Qualquer um dos tipos exige ferramentas específicas. Para as terminações de epóxi ou hot melt é necessário um forno de cura especial, e são diferentes nos dois casos, o forno hot melt trabalha com uma temperatura muito mais alta. Ao utilizar adesivos epóxi ou anaeróbicos do estoque próprio, verificar a data de expiração para garantir que sejam válidos. Também verificar outros materiais como panos, álcool isopropílico, gel de limpeza de cabos e, naturalmente, os conectores.
Os conectores tipo pré-polimento/emenda foram melhorados e são mais fáceis de utilizar. Os kits de terminação mais recentes incluem uma cortadora de alta qualidade como as utilizadas com as máquinas de fusão e um localizador visual de falhas para verificar a emenda interna. Como os kits mais recentes podem produzir conectores com perdas mais baixas, de aproximadamente 0,5 dB, contar com um novo kit com os conectores más recentes e, tal vez, um pouco de treinamento seria um bom investimento.
Ao verificar os kits de terminação, é importante prestar especial atenção ao estado das ferramentas. Naturalmente, as ferramentas faltantes deverão ser substituídas, mas, espera-se que isso seja feito durante a verificação do projeto anterior. Além disso, as ferramentas como os alicates decapadores de jaqueta e de fibra, e as cortadoras podem sofrer desgastes ou danos, por isso é importante verificar seu correto funcionamento com uma amostra de algumas fibras.
É obrigatório verificar cada peça do equipamento que será levado ao local de trabalho para garantir seu correto funcionamento e para permitir ao pessoal de instalação se familiarizar novamente com a sua operação. Este processo deve ser realizado com tempo suficiente para poder levar a peça a reparar ou substituir outros materiais. Além disso, nunca deve ser armazenado um equipamento que experimentou problemas no campo. Nesses casos, ele deve ser substituído imediatamente ou enviado a reparar para que esteja pronto para o próximo trabalho.
Deve ser salientado outro problema com as ferramentas observado recentemente. Há muitas reclamações sobre a má qualidade das ferramentas, especialmente dos alicates decapadores de fibra, o que nos faz pensar que estão se tornando comuns as importações de ferramentas de baixa qualidade. Em um caso, as ferramentas pareciam ter sido falsificadas, utilizando a marca de uma empresa estadunidense reconhecida. Sugerimos adquirir as ferramentas de fontes confiáveis e inspecioná-las ao recebê-las, para garantir seu correto funcionamento.
Por último, conforme o equipamento é verificado e disponibilizado para o uso, certificar-se de que o equipamento de segurança esteja incluído com as ferramentas. Qualquer pessoa que trabalhe com fibra óptica deve utilizar óculos de segurança, e se estão limpos e sem arranhões permitirão ver os fios finos de fibra mais facilmente. Um pano de trabalho preto para utilizar ao realizar as emendas e terminações pode ser útil para que o instalador veja as fibras e encontre com facilidade os restos dela para a limpeza.
Equipamento do instalador com equipamento de teste
Os instaladores também necessitam equipamento de testes. Há muitas opções de equipamentos de testes, com diferentes graus de sofisticação e custo. Uma boa seleção pode reduzir os custos dos equipamentos e dos trabalhos de testes. O tipo e a quantidade de equipamentos de testes necessários dependerão do tipo de trabalho.
Todos os técnicos da instalação devem ter um rastreador visual ou um localizador visual de falhas. O rastreador é uma lanterna ou fonte LED visível. É utilizado com as fibras multimodo para verificar a continuidade e para garantir que as conexões funcionem corretamente. Um localizador visual de falhas é uma fonte de luz laser visível de alta potência. Ele pode ser utilizado com fibras monomodo ou multimodo para realizar rastreamentos, e também permite encontrar outras falhas como tensão ou quebraduras na maioria dos cabos simplex ou zip-cord, ou nas fibras com revestimento buffer. Os rastreadores visuais ou os localizadores de falhas são econômicos e inestimáveis durante os processos de instalação e de resolução de problemas.
Cada uma das fibras de uma rede de cabos exige testes de perda com uma fonte de luz e um medidor de potência, também chamado conjunto de teste de perda óptica (OLTS). O OLTS confirmará que a fibra foi instalada e terminada apropriadamente com o teste da perda de ponta a ponta e a comparação com a quantidade de perda estimada realizada durante a etapa do projeto. Os trabalhos grandes requererão mais de um equipamento para concluir o trabalho a tempo. Os testadores de perda estão disponíveis em diferentes versões, incluindo uma fonte de luz e um medidor de potência usualmente vendidos por separado; um OLTS que é um instrumento único que contém a fonte de luz e o medidor de potência; e módulos para converter os testadores de redes de cobre para um OLTS. Usualmente, a fonte de luz e o medidor de potência individuais são a solução mais econômica, em especial para trabalhos pequenos, já que podem ser levados por separado por dois técnicos a cada extremidade do cabo que está sendo testado. Em caso de utilizar um OLTS, serão necessários dois técnicos para testar um cabo de ponta a ponta, mas podem ser testadas duas fibras ao mesmo tempo, o que permite economizar custos de trabalho. Os adaptadores OLTS para os equipamentos de testes de cabos de cobre, em geral, não são econômicos, mas, os dados sofisticados que oferecem podem ser aproveitados para gerar relatórios detalhados. Com frequência, as empreiteiras escolhem estes adaptadores se já realizaram um investimento em testadores de cabos de cobre.
Cada conjunto de testes de perda necessita cabos de teste de referência. Eles consistem em patch cords de fibra óptica de 1 ou 2 metros de comprimento que coincidem com o tamanho da fibra e com os conectores utilizados nos cabos que estão sendo testados. Os cabos de referência não precisam ser cabos especiais, mas apenas cabos que tenham sido testados e apresentem perda baixa. Um patch cord defeituoso fornecerá resultados errados, fazendo com que fibras em boas condições não aprovem os testes. Os cabos de referência devem ser testados com frequência para garantir que ainda estejam em boas condições e que tenham perda baixa. Faz muito sentido que cada equipamento de testes conte com vários conjuntos de cabos de referência, já que eles sofrem desgastes e danos, e devem ser substituídos.
Os cabos para longas distâncias no exterior com emendas intermediárias exigem testes de OTDR. Os OTDR são boas ferramentas para a resolução de problemas no caso de cabos para longas distâncias no exterior, mas, em geral, não foram projetados para serem usados em cabos curtos como os utilizados comumente em aplicações no interior. Os OTDR são instrumentos dispendiosos e complexos. Exceto que sejam utilizados com frequência, seu custo não é justificável. Os usuários que não estejam familiarizados com as particularidades de interpretar os dados de um OTDR podem causar muitos problemas, não aprovar cabos em boas condições ou aprovar cabos defeituosos, geralmente com consequências dispendiosas. Os OTDR podem ser alugados e, levando em conta os problemas que podem ser causados por usuários sem experiência, delegar os testes de OTDR a uma empreiteira com experiência pode ser uma jogada inteligente.
Os OTDR também necessitam cabos de referência, especialmente cabos de lançamento longos, o suficientemente longos para permitir ao OTDR se estabilizar depois da sobrecarga causada pelo pulso do teste. É recomendado utilizar um cabo de lançamento de 1 quilômetro para a fibra monomodo. Para a maioria dos testes de OTDR na fibra multimodo, o adequado é 100 metros. Os novos padrões exigem um cabo na outra extremidade do cabo que está sendo testado para permitir testar o conector na extremidade oposta, em cujo caso, um comprimento de 100 metros é usualmente adequado.
Em relação ao equipamento de testes, o mais importante é saber utilizá-lo e sempre verificá-lo antes de levá-lo a um local de trabalho. As baterias devem ser substituídas ou recarregadas, os cabos de referência devem ser testados e, o mais importante, o usuário deve dedicar alguns minutos para refrescar a sua memória sobre como deve ser utilizado o instrumento. O local de trabalho não é o espaço para descobrir que o equipamento não está pronto para seu uso.
Treinamento
e
segurança
Treinamento de fibra óptica
A regra número um da instalação de fibra óptica é nunca, jamais, tentar instalar um novo tipo de componente nem iniciar uma nova aplicação sem o treinamento apropriado. Não ter os conhecimentos ou as habilidades relacionadas com determinado componente ou aplicação torna praticamente impossível garantir o sucesso do trabalho, e os erros podem custar muito caro. Na FOA, conhecemos mitos exemplos de instalações que deram errado, com terríveis consequências.
Ninguém pode saber tudo nem realizar todos os cursos de treinamento existentes para cobrir todos os aspectos da fibra óptica, todos os tipos de componentes e de aplicações. De qualquer maneira, a tecnologia avança constantemente, o que torna importante continuar adquirindo conhecimentos de todas as fontes disponíveis. Muitos dos conhecimentos técnicos necessários podem ser obtidos de sites como o do Guia de Referência On-line da FOA, mas, o que acontece com as habilidades necessárias para trabalhar com os componentes para a instalação, os testes, a resolução de problemas e a restauração da fibra óptica? Tais habilidades somente podem ser adquiridas através do treinamento e a experiência.
Obter mais treinamento
Que tipo de treinamentos são necessários para ter sucesso como uma empreiteira ou instalador de fibra óptica, e onde podem ser obtidos? Há muitas opções para obter mais treinamento, mas, em primeiro lugar, é necessário decidir quais são as necessidades, que treinamento deve ser feito e quem pode fornecer um treinamento apropriado. Como regra geral, todo treinamento sobre fibra óptica destinado a instaladores deve incluir suficientes atividades práticas com o equipamento, as ferramentas e os componentes relevantes, para que o estudante desenvolva as habilidades adequadas para essa atividade.
Em geral, os técnicos de fibra óptica com alguma experiência podem aprender a instalar muitos dos novos componentes ou a operar equipamentos novos sem ajuda. No site da FOA e de muitos fabricantes é possível encontrar tutoriais da maioria dos assuntos relacionados com a instalação, bem como tutoriais da FOA de treinamento prático virtual (Virtual Hands-On – VHO) com guias passo a passo. A maioria dos fabricantes oferece boas instruções e, muitas vezes, tutoriais on-line de ajuda. Com as ferramentas adequadas e as informações da aplicação, um técnico astuto deveria ser capaz de aprender novos processos em pouco tempo. O segredo, naturalmente, é experimentar em um ambiente tranquilo e limpo antes de tentar fazê-lo no local de trabalho de um cliente, com ele vigiando!
Às vezes, é melhor realizar um curso. Muitas instituições aprovadas pela FOA oferecem cursos avançados ou especializados sobre terminações, emendas, testes, fibra para o lar, etc., que fornecem vários dias de treinamento intensivo, para preparar ferramentas, equipamentos e materiais, bem como instrutores familiarizados com os processos ensinados. Os fabricantes também oferecem treinamento para produtos específicos, mas a melhor opção seria tentar obter treinamento de parte de engenheiros de aplicações, não do pessoal de vendas, quem podem não ter os conhecimentos necessários para capacitar adequadamente os instaladores.
Aprender a instalar novos componentes
Há centenas de tipos diferentes de componentes de fibra óptica que os fabricantes desenvolveram para aplicações específicas ou para simplificar o trabalho do instalador. Muitos desses componentes são exclusivos de um fabricante e podem requerer ferramentas e processos de instalação específicos. Alguns exemplos são os conectores tipo pré-polimento/emenda, como os de Corning Unicam, os conectores hot melt da 3M, as caixas de emendas, todos os cabos dielétricos auto-sustentados, o cabo de guarda com fibra óptica (OPGW), os sistemas de cabeamento pré-fabricados, etc.
Em geral, os treinamentos deveriam ser obtidos diretamente dos fabricantes, a menos que um instrutor independente já tenha sido treinado, seja recomendado pelo fabricante, e conte com as ferramentas e os componentes apropriados para ensinar os processos necessários. Alguns fabricantes oferecem cursos curtos introdutórios sobre os produtos novos, que incluem treinamentos práticos, e tais cursos podem ser ideais para aqueles interessados em aprender mais sobre esse produto antes de começar a comprar todas as ferramentas e componentes necessários para utilizá-lo. Depois de comprar esses produtos, é possível continuar realizando um treinamento mais abrangente.
Aprender a utilizar equipamentos novos
Alguns equipamentos necessários para a instalação da fibra óptica são complexos e pode ser difícil aprender a utilizá-los sem a capacitação apropriada sobre esse equipamento em particular. São exemplos as máquinas de fusão automatizadas, especialmente as de fibra tipo fita, os equipamentos para puxar e enterrar cabos, e os OTDR.
Alguns destes equipamentos são bastante complexos e têm produtos periféricos que devem ser utilizados em conjunto para obter os resultados esperados. As máquinas de fusão para fibra tipo fita, por exemplo, utilizam alicates decapadores de fibra tipo fita e cortadoras, ambas imprescindíveis para conseguir emendas de boa qualidade. Todas as máquinas de fusão automatizadas têm recursos de programação únicos, portanto, é necessário aprender a operar cada máquina e também como realizar emendas com elas.
Os OTDR também são dispositivos complexos e aprender a utilizá-los inclui duas etapas: aprender a operar o OTDR com todas suas opções e aprender a interpretar os dados ao testar uma fibra (processo chamado rastreamento ou assinatura gráfica). Embora todos os fabricantes de OTDR ofereçam opções de “testes automáticos”, não é conveniente confiar neles em todos os usos, já que os efeitos “fantasma” podem causar confusões. O usuário sempre deve verificar manualmente o rastreamento do OTDR para obter conclusões apropriadas dos dados do teste.
Devem ser realizados treinamentos sobre o tipo e modelo do equipamento específico, já que os produtos de diferentes fabricantes ou os diferentes modelos do mesmo fabricante podem ter características únicas. Para ser eficaz, o treinamento deve incluir duas etapas: como configurar e operar o equipamento, e como completar os processos para os quais está destinado. Geralmente, os fabricantes que oferecem treinamento sobre esses produtos e os instrutores independentes utilizam o mesmo equipamento, ou estão dispostos a oferecer treinamento quando alguém adquire seu equipamento.
Aprender novas aplicações
Uma questão que sempre salientamos é que há muitas aplicações diferentes para a fibra óptica e que há diferenças importantes em como essas aplicações são projetadas, instaladas e testadas. Por exemplo, os técnicos de redes no exterior geralmente realizam as terminações com a emenda de uma fibra pigtail de fábrica, enquanto os técnicos de redes no interior realizam as terminações diretamente nas fibras com conectores de tipo adesivo/polimento ou pré-polimento/emenda. Os técnicos de FTTx utilizam apenas cabos montados pré-fabricados. Os técnicos que mudam de uma aplicação para outra, além de realizar os cursos, requerem formação no local de trabalho para entender a aplicação e desenvolver as habilidades apropriadas.
Encontrar o treinamento apropriado
Seja qual for o treinamento procurado, é importante certificar-se de que os cursos sejam apropriados de acordo com os interesses, caso contrário, será uma perda de tempo e dinheiro. A seguir apresentamos algumas opções para levar em conta:
É possível aprender sozinho? Algumas pessoas aprendem melhor por conta própria. Há informação disponível sobre o tema, por exemplo no Guia de Referência On-line sobre Fibra Óptica da FOA? Existem bons vídeos que também podem ajudar, especialmente com atividades práticas como a tração do cabo e a terminação. É possível obter as ferramentas e os componentes corretos para desenvolver as habilidades necessárias? Há alguma pessoa que possa ser contatada para receber ajuda?
O fabricante oferece treinamento? Ele cobre o que é necessário saber? Ele oferece muitas atividades práticas com o equipamento e os componentes? O treinamento oferecerá uma certificação como instalador aprovado para esse fabricante? A certificação pode ajudar a realizar negócios com clientes desse fabricante?
Existem na sua região instrutores independentes como as instituições aprovadas pela FOA? Eles cobrem o que é necessário saber? O instrutor possui a versão mais recente do equipamento necessário para o treinamento? O treinamento será sobre os equipamentos que a pessoa ou empresa possui? O instrutor tem experiência e conhece os produtos e a tecnologia? O instrutor pode oferecer a certificação do fabricante, bem como outras certificações?
Onde é oferecido o treinamento? Os custos de transporte podem aumentar significativamente os custos do treinamento.
É importante lembrar que as instituições aprovadas pela FOA geralmente oferecem outros tipos de cursos além das aulas para a certificação CFOT. Entre em contato com a instituição aprovada pela FOA ou verifique na lista on-line para obter mais informações.
Segurança ao
trabalhar com fibra óptica
Segurança
A segurança nas instalações no
exterior é
uma questão muito importante, que vai além dos problemas mais
habituais da
fibra como proteger os olhos dos restos de fibra ou trabalhar com
químicos
potencialmente perigosos. Os trajetos devem ser analisados com a ajuda
dos
serviços indicados (Ligue antes de cavar) para garantir que não
existam cabos
ou tubos enterrados no trajeto proposto. Os instaladores que trabalham
com
máquinas para a colocação de cabos necessitam receber um bom
treinamento para
operá-las de forma segura. As instalações aéreas são particularmente
perigosas,
já que, usualmente, há cabos de eletricidade próximos aos postes. Cada
trabalho
no exterior deve contar com os procedimentos de segurança publicados e
todo o
pessoal deve ser informado.
A segurança no
laboratório ou no local
de trabalho deve ser a principal preocupação de todos. Além das
questões de
segurança habituais para a construção, que geralmente estão incluídas
nas
regras das agências para a segurança e saúde no trabalho, e com as
quais devem
estar familiarizados todos os instaladores e empreiteiras, a fibra
óptica
inclui questões como a segurança ocular, os químicos, os fragmentos
das emendas
por fusão, o descarte de restos de fibra, entre outras. Antes de
começar
qualquer instalação, as normas de segurança devem ser colocadas na
parede da
sala de aulas, na parede do laboratório ou no local de trabalho, e
devem ser
revisadas com o pessoal no local de trabalho. Além de utilizar o
equipamento de
segurança habitual para a construção, todo o pessoal deve usar
proteção para os
olhos quando esteja trabalhando com fibras.
Segurança ocular
Muitas pessoas
pensam que a parte mais
perigosa de trabalhar com a fibra óptica é a possibilidade de que a
luz laser
na fibra afete os olhos. Há uma confusão entre a fibra óptica
utilizada nas
comunicações e a fibra óptica acoplada à saída de lasers de alta
potência
utilizada para cortar metal ou para que o doutor queime verrugas, ou
tal vez
tenham visto muitos filmes de ficção científica.
De fato, a
maioria dos sistemas de
fibra óptica não tem a potência necessária para causar danos nos olhos
e a luz
que sai da fibra se expande, portanto, quanto mais longe você estiver
do final
da fibra, menor será a exposição. Dito isto, considere-se avisado. Na
atualidade,
alguns sistemas de fibra óptica têm a potência suficiente para ser
perigosos, e
algumas técnicas de inspeção de fibra óptica que podem ser utilizadas
nos
sistemas operacionais podem aumentar a possibilidade de sofrer danos.
Porém,
esse não é o maior perigo que os instaladores enfrentam.
A chave para
entender o problema da
eletricidade é entender os níveis de potência, o comprimento de onda e
a
natureza da transmissão da luz na fibra óptica.
Os sistemas de
laser médico de fibra
óptica utilizados para cirurgias e os processos de usinagem a laser
têm a
potência suficiente para causar danos nos olhos, bem como para queimar
verrugas
ou usinar alguns tipos de materiais. Tais sistemas utilizam lasers de
alta
potência, geralmente lasers de CO2, que emitem radiações em um
comprimento de
onda que é de calor e não de luz, de aproximadamente 10 micrômetros.
Este
comprimento de onda é rapidamente absorbido pelos materiais, que ficam
quentes
e podem ser cortados com facilidade.
Os sistemas de
comunicação por fibra
óptica utilizam uma potência muito menor. Em primeiro lugar, a maioria
das
fontes utilizadas na fibra óptica é otimizada para velocidade de
modulação, não
para potência absoluta. Os cabeamentos interiores com fibra multimodo
e fontes
LED têm níveis de potência baixos, muito baixos para serem
considerados
perigosos. Os enlaces de alta velocidade de interior utilizam lasers
VCSEL, que
ainda têm baixos níveis de potência e, em geral, não causam danos. A
maioria
dos enlaces de telecomunicações utilizam lasers com níveis de potência
apenas
maiores que os dos VCSEL.
Há dois tipos de
enlaces que têm alta
potência, de até 100 vezes mais que outros sistemas de
telecomunicações, e são
os enlaces de TV a cabo ou de vídeo a 1550 nm, e os enlaces de
telecomunicações
de longa distância que utilizam multiplexação por divisão de
comprimento de
onda densa (DWDM). Os enlaces de TV a cabo ou de vídeo utilizados na
fibra para
o lar (FTTH – ler mais) podem utilizar amplificadores ópticos (ler
mais) que
aumentam a potência até níveis muito altos, potencialmente perigosos
para os
olhos. Os enlaces DWDM de telecomunicações são utilizados em enlaces
de
distâncias muito longas (ler mais). Eles não apenas utilizam
amplificadores
ópticos para aumentar a potência, mas também têm muitos sinais
diferentes que
operam a diferentes comprimentos de onda em uma fibra monomodo.
Qualquer
comprimento de onda não seria um problema, mas a soma de 16, 32 ou 64
comprimentos de onda individuais pode ser muito poderosa.
O seguinte
problema é focar a luz de
uma fibra no olho. A luz que sai de uma fibra óptica é espalhada em
forma de
cone, cujo ângulo é determinado pelas características de transmissão
da fibra,
conforme determinado pela abertura numérica. À medida que o olho se
afasta da
extremidade da fibra, a quantidade de radiação que recebe é
inversamente
proporcional ao quadrado da distância; ao duplicar a distância, a
potência é
diminuída em 1/4, dez vezes a distância reduz a potência a 1%. Não é
necessário
estar tão longe da fibra para que a potência seja reduzida a níveis
que não
causam danos.
Como a luz sai da fibra em forma de cone, o olho não pode focá-la na retina. Isto não acontece com o típico laser de laboratório ou o ponteiro laser, os quais emitem um feixe de luz estreito e colimado, que não é espalhado; um feixe que o olho pode focar na retina, causando uma cegueira temporária.
Por último, há
uma questão com o
comprimento de onda. O olho não pode perceber muitos dos comprimentos
de onda
utilizados na fibra óptica, porque o olho é sensível à luz na região
de azul a
vermelho do espectro, e os sistemas de fibra óptica operam na região
do
infravermelho. O líquido no olho, que é principalmente água, absorve
em grande
medida a luz na região do infravermelho. A luz da maioria das fontes
de fibra
óptica será absorbida por este líquido, portanto, qualquer dano
potencial
provavelmente ocorrerá no cristalino ou na córnea, e não na retina.
Enquanto o raio
de expansão da luz que
sai da fibra faz com que seja menor perigoso olhar diretamente para
ela,
utilizar um microscópio para inspeção de fibra pode ser um problema. O
microscópio focará praticamente toda a luz no olho. É por isso que
muitos
microscópios utilizados na fibra óptica têm filtros para absorber
qualquer luz
infravermelha (IV) que poderia causar danos. É importante levar em
conta que os
microscópios econômicos podem não contar com filtros bloqueadores de
luz
infravermelha.
Para inspecionar
ou trabalhar com as
fibras, elas devem ser verificadas em uma rede em funcionamento com um
medidor
de potência de fibra óptica, para garantir que não haja presença de
luz antes
de inspecionar qualquer conector com um microscópio.
Segurança da
fibra nua
A instalação de
fibra óptica não está
isenta de riscos. O problema mais comum é que entrem restos de fibra
no olho ao
trabalhar com ela. Embora sejam poucos os sistemas de fibra óptica que
apresentem níveis de potência perigosos, as terminações e as emendas
produzem
fragmentos (restos) de fibra óptica potencialmente perigosos para os
olhos e a
pele, ou que podem ficar aderidos nas roupas e ser transportados para
outros
lugares, onde podem se tornar perigosos para outras pessoas.
Estes fragmentos
de fibra são pequenos,
finos e geralmente muito afiados onde se separaram da fibra. Eles
podem
perfurar facilmente a pele, entrando tão profundo que pode se tornar
difícil
retirá-los. Seria mais fácil se fosse possível visualizá-los, mas,
como são
transparentes, eles praticamente somem uma vez que entram na pele. Na
maior
parte do corpo, eles causam um simples mal-estar, podem causar uma
infecção ou
um inchaço, até que conseguem sair da pele.
Porém, ao redor
dos olhos, eles podem
ser muito mais difíceis de encontrar e eliminar. As lágrimas que
molham os
olhos fazem com que seja praticamente impossível encontrar e eliminar
os
fragmentos de vidro transparente. As pontas afiadas podem fazer com
que as
fibras se incrustem nos olhos ou no tecido ao redor deles, tornando
ainda mais
difícil retirá-las. Ao contrário do que acontece com as partículas de
metal,
elas não podem ser retiradas com ímãs.
É imperativo
seguir os procedimentos
para minimizar os perigos para os olhos. Usar sempre equipamento de
proteção
ocular com protetor lateral, mesmo que normalmente sejam utilizados
óculos,
para evitar que qualquer fragmento voe perto dos olhos. Ao trabalhar
com
fibras, é preciso ser extremamente cuidadoso, especialmente ao decapar
fibras,
ou ao riscá-las e quebrá-las quando sobressaem de um conector tipo
adesivo. Em
lugar de quebrar a fibra, é melhor riscá-la delicadamente e deslizar
os dedos
até a virola do conector, segurando a fibra e retirando-a.
Depois, deve ser descartada com cuidado.
A maioria das
cortadoras utilizadas
para realizar emendas ou terminações com conectores tipo
pré-polimento/emenda
seguram a fibra depois de cortá-la, e o único problema será
descartá-la.
Recomendamos utilizar recipientes para o descarte semelhantes aos
usados para
as sopas nos restaurantes para viagem. Utilizar o recipiente para
depositar
todos os restos de fibra, e depois selá-lo e descartá-lo
apropriadamente.
O local de
trabalho também pode ser
organizado para evitar problemas. Utilizar um pano de plástico preto
na
superfície de trabalho. Assim será mais fácil ver as fibras com o
fundo preto e
tratá-las com mais cuidado. Será mais fácil encontrar as fibras no
pano para
descartá-las.
Alguns técnicos
preferem colocar fita
adesiva dupla face ou fita isolante preta no pano para que as fibras
fiquem na
superfície adesiva, e depois descartam a fita ao concluir o trabalho.
É
preferível simplesmente utilizar um recipiente descartável e colocar
cada resto
de fibra nele, em lugar de deixá-las expostas na superfície de
trabalho.
Outras
considerações de segurança
Químicos: as
emendas e terminações de
fibra óptica utilizam vários limpadores e adesivos químicos como parte
do
processo. Estas substâncias devem ser tratadas adequadamente. Até
mesmo o
simples álcool isopropílico, utilizado como limpador, é inflamável e
deve ser
tratado com cuidado. Se solicitado, os fabricantes fornecem a Ficha de
Informação
de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) ou ela pode ser encontrada
na
Internet.
Perigos durante a
emenda: as máquinas
de fusão utilizam um arco elétrico para realizar as emendas, portanto,
é
importante garantir que não haja gases inflamáveis presentes no local
onde está
sendo realizada a emenda por fusão.
Não fumar: fumar
também deve estar
proibido perto do local de trabalho com a fibra óptica. As cinzas do
cigarro
geram problemas de sujeira nas fibras, além da possível presença de
substâncias
combustíveis (e, naturalmente, fumar implica um risco para a saúde).
Riscos elétricos:
a instalação dos
cabos de fibra óptica normalmente não envolve riscos elétricos, exceto
que o
cabo inclua condutores. No entanto, estes cabos são frequentemente
instalados
perto de cabos elétricos e condutores. Em caso de estar perto desses
cabos,
sempre haverá um risco potencial de choque. Cuidado! Se o pessoal não
estiver
familiarizado com a segurança elétrica, recomendamos realizar um curso
no NEC
(Código Elétrico Nacional), bem como um curso sobre práticas seguras
para os
instaladores!
Normas de
segurança na instalação de
fibra óptica
Tudo isto é muito
importante, tão
importante que devem ser estabelecidas normas no local de trabalho que
ajudem a
evitar acidentes para todos os técnicos de fibra óptica:
·
Trabalhar em uma
superfície preta que
ajude a encontrar os restos de fibra.
·
Usar aventais
descartáveis para
minimizar a quantidade de partículas de fibra nas roupas. As
partículas de
fibra nas roupas podem acabar na comida ou nas bebidas, e ser
ingeridas.
·
Usar sempre
óculos de segurança com
protetor lateral e luvas de proteção. As lascas de fibra óptica devem
ser
tratadas da mesma forma que são tratadas as de vidro.
·
Nunca olhar
diretamente a extremidade
de um cabo de fibra até ter a certeza de que não haverá uma fonte de
luz na
outra extremidade. Utilizar um medidor de potência de fibra óptica
para
garantir que a fibra seja escura. Ao utilizar um rastreador óptico ou
um
verificador de continuidade, olhar para a fibra de um ângulo de pelo
menos
15,24 centímetros (6 pol.) de distância do olho para determinar se há
luz
visível.
·
Trabalhar somente
em áreas bem
ventiladas.
·
As pessoas que
usam lentes de contato
devem lavar cuidadosamente as mãos antes de manusear as lentes.
·
Não tocar os
olhos ao trabalhar com
sistemas de fibra óptica até ter lavado cuidadosamente as mãos.
·
Manter todos os
materiais combustíveis
afastados dos dispositivos elétricos, incluindo as máquinas de fusão,
os
testadores e os fornos de cura.
·
Colocar todas as
peças de fibra
cortadas em um recipiente marcado apropriadamente para o descarte.
·
Limpar
minuciosamente toda a área ao
concluir o trabalho.
·
Não fumar
enquanto é feito o trabalho
com os sistemas de fibra óptica.
·
Manter a comida e
as bebidas fora da
área de trabalho. As partículas de fibra ingeridas podem causar
hemorragia
interna.
Instalação
de cabo de fibra óptica
Cabeamento de
fibra óptica de recepção
e equipamento no local
O equipamento e
os componentes de fibra
óptica podem sofrer danos se forem tratados ou armazenados
inadequadamente.
Recepção
A entrega do cabo
de fibra óptica, do
equipamento e dos materiais no local de trabalho deve ser determinada
para uma
data o mais próxima possível do momento do uso para reduzir o risco de
possíveis danos causados por outra construção, o clima ou os roubos. A
coordenação da entrega pode ser difícil, portanto, uma opção pode ser
coordenar
a entrega para uma área de armazenamento externa ou para um contentor
de
armazenamento fechado no local de trabalho. Uma vez recebidos, todos
os
componentes de fibra óptica devem ser inspecionados cuidadosamente
para
verificar se há danos e, em caso de suspeita de danos, devem ser
testadas a
continuidade e a perda. Certificar-se de que todos os componentes e
peças
tenham sido enviados, recebidos e que coincidam com as quantidades
solicitadas
(por exemplo, que os cabos de fibra óptica contenham a quantidade e o
tipo de
fibras solicitadas, e que sejam do comprimento solicitado), e, em caso
de
qualquer discrepância ou dano em alguma mercadoria, notificar o
fornecedor e
solicitar a substituição.
Tratamento de
cabos de fibra óptica
As bobinas de
cabo devem ser tratadas
com cuidado. Todas as bobinas, independentemente do seu tamanho ou
comprimento,
devem ter as duas extremidades do cabo disponíveis para testar a
continuidade.
Para testar a continuidade podem ser utilizados um rastreador de fibra
ou um
localizador visual de falhas, e adaptadores de fibra nua.
As bobinas de
cabo devem ser deslocadas
cuidadosamente para evitar causar danos no cabo. Deslocar as bobinas
pequenas e
leves com a mão. Deslocar as grandes bobinas com o equipamento de
elevação
apropriado, ou utilizando dois ou mais instaladores com experiência na
operação
de deslocamento. O equipamento de elevação deve deslocar apenas
bobinas com um
conjunto de eslingas e estranguladores correspondente, fixados a um
tubo de
tamanho apropriado inserido no orifício no centro da bobina. As
eslingas e os
estranguladores nunca devem ser fixados ao redor da área onde está o
cabo na
bobina.
Armazenamento
Todos os
equipamentos e cabos devem ser
armazenados em locais limpos e secos, protegidos de ambientes adversos
como os
de frio ou calor extremos. Devido ao valor do cabo e aos potenciais
roubos,
todos os componentes devem ser armazenados em locais seguros, com
agentes de
segurança quando e onde for necessário.
Diretrizes gerais
para a instalação de
cabos de fibra óptica
Os cabos de fibra
óptica podem ser
instalados de tantas formas diferentes que generalizar é muito
difícil, é por
isso que este livro tentará cobrir questões universais e mencionar
situações
específicas quando for apropriado.
O cabo de fibra
óptica pode ser
instalado no interior ou no exterior, utilizando diferentes processos
de
instalação. No exterior, os cabos podem ser enterrados de maneira
direta,
puxados ou soprados nos condutos ou subdutos, ou instalados de forma
aérea
entre postes. Os cabos para interior podem ser instalados em canais,
em
suportes para cabos acima dos tetos ou debaixo do chão, em suportes
para
pendurar, em condutos ou subdutos, ou soprados através de condutos
especiais
com gás comprimido. O processo de instalação dependerá da natureza da
instalação e do tipo de cabo utilizado.
Os métodos de
instalação dos fios e dos
cabos de fibra óptica para comunicações são semelhantes. O cabo de
fibra foi
projetado para ser puxado com muita mais força que os de cobre, se o
procedimento for feito corretamente, mas, se for aplicada uma tensão
excessiva
no cabo, as fibras poderiam sofrer danos e levar a eventuais falhas.
Deve ser
tomado particular cuidado durante a instalação para evitar exceder o
raio de
curvatura ou as dobraduras do cabo, já que podem causar danos nas
fibras.
Diretrizes para a
instalação
Seguir as
recomendações do fabricante,
já que ninguém sabe trabalhar tão bem com os cabos como a empresa que
os
fabricou. O cabo de fibra óptica é muitas vezes projetado de forma
personalizada para a instalação, e o fabricante pode ter instruções
específicas
para sua instalação.
Verificar o
comprimento do cabo para
garantir que o cabo que está sendo puxado seja o suficientemente longo
para
cobrir o trajeto planejado. Se possível, tentar realizar a instalação
puxando
de uma vez. Antes de realizar qualquer instalação, avaliar o trajeto
cuidadosamente para determinar os métodos de instalação e os
obstáculos que
possam surgir.
Tensão de tração
Os fabricantes de
cabo instalam
elementos de resistência especiais, usualmente de fios de aramida
(Dupont
Kevlar), para absorber a tensão ao puxar do cabo. O cabo de fibra
óptica
somente pode ser puxado por meio destes elementos de resistência, a
menos que o
tipo de cabo permita puxar usando um suporte na jaqueta. Qualquer
outro método
poderia causar tensão nas fibras e danificá-las.
Devem ser
utilizados olhais giratórios de
suspensão para unir a corda de tração ao cabo e evitar assim a torção
do cabo
ao puxar.
Os cabos não
devem ser puxados da
jaqueta, a menos que isto esteja aprovado pelos fabricantes do cabo e
seja
utilizado um suporte de cabo aprovado, geralmente chamado “suporte
tipo
Kellems”. Esses suportes usualmente são unidos aos elementos de
resistência.
Os cabos com buffer apertado podem ser puxados da jaqueta em aplicações no
interior se for utilizada uma bobina grande (equivalente a 40 cm, 8
pol.) como
mandril para puxar do cabo. Enrolar o cabo ao redor da bobina 5 vezes
e
segurá-lo com cuidado ao puxar.
Não exceder o
valor máximo de tensão de
tração. Consultar os fabricantes dos cabos e os fornecedores de
condutos,
subdutos e lubrificantes de cabo sobre as diretrizes de nível de
tensão e uso
de lubrificantes.
Ao puxar cabos de
grande extensão em
condutos ou subdutos (até aproximadamente 5 quilômetros ou 3 milhas no
exterior, e centenas de metros em cabeamentos interiores), deve ser
utilizado o
lubrificante de cabo adequado, mas garantindo que seja compatível com
a jaqueta
do cabo. Se possível, utilizar um puxador automatizado com controle de
tensão
ou um olhal de tração separador. Em instalações no exterior muito
longas (de
aproximadamente mais de 4 quilômetros ou 2,5 milhas), puxar do meio do
cabo
para as duas extremidades ou utilizar um puxador de fibra automatizado
em
pontos intermediários para uma tração contínua.
Ao apoiar o cabo
em uma superfície
durante uma tração, realizar uma “forma de 8” no cabo para evitar
dobraduras.
Torção do cabo
Não dobrar o
cabo. As dobraduras podem
causar tensão nas fibras. A tensão e as cordas de tração podem causar
dobraduras. Utilizar olhal de tração giratório para conectar a corda
de tração
ao cabo e evitar a tensão de tração que causa forças de tensão no
cabo.
Desenrolar o cabo
da bobina em lugar de
puxar dele para evitar dobraduras no cabo a cada volta da bobina. Ao
apoiar o
cabo para uma tração de longa distância, realizar uma “forma de 8” no
chão para
evitar dobraduras. Na forma de 8 é feita meia torção de um lado do 8,
e ela é
compensada do outro lado, o que evita a torção.
Instalação do
olhal de tração giratório
no cabo de fibra óptica
Os fabricantes de
cabo instalam
elementos de resistência especiais, usualmente de fios de aramida
(Dupont
Kevlar), para absorber a tensão ao puxar do cabo. O cabo de fibra
óptica
somente pode ser puxado por meio destes elementos de resistência, a
menos que o
tipo de cabo permita puxar da jaqueta. Qualquer outro método poderia
causar
tensão nas fibras e danificá-las.
Devem ser
utilizados olhais giratórios
de suspensão para unir a corda de tração ao cabo e evitar assim a
torção do
cabo ao puxar.
Procedimento para
a instalação do olhal
de tração giratório:
Decapar a jaqueta
do cabo e cortar
todas as fibras até a extremidade da jaqueta, deixando somente os
elementos de
resistência de aramida.
Separar os fios
de aramida em dois
grupos e passá-los através do olhal giratório em direções opostas.
Atar nós em cada
um dos grupos no olhal
e voltar a colocar os elementos de resistência dentro da jaqueta do
cabo.
Colocar fita nos
elementos de
resistência ao longo da jaqueta e até o olhal de tração.
Como realizar uma
“forma de 8” no cabo
para a tração em instalações no exterior
Em instalações no
exterior muito
longas, geralmente de mais de 4 quilômetros ou 2,5 milhas, pode se
tornar
necessário utilizar um puxador de fibra automatizado em pontos
intermediários
para uma tração contínua ou para puxar do meio do cabo para as duas
extremidades
(tração de vão médio). Ao apoiar o cabo em uma superfície durante uma
tração,
realizar uma “forma de 8” no cabo para evitar dobraduras. Na forma de
8 é feita
meia torção de um lado do 8, e ela é compensada do outro lado, o que
evita a
torção.
Utilizar este
procedimento para puxar
de uma extremidade:
Puxar o cabo do
conduto ou do subduto e
apoiá-lo no chão em uma grande “forma de 8”. O tamanho do “8” estará
determinado pelo tamanho e a rigidez do cabo, mas entre 2 e 4 metros
(6 e 12
pés) é o tamanho habitual. A extremidade do cabo estará no chão,
portanto, será
necessária uma lona ou folha de plástico para manter o cabo limpo.
Puxar lenta
e apoiar cuidadosamente o cabo em forma de 8 para evitar dobraduras.
Entre vários
instaladores, recolher o
cabo e virá-lo para que a extremidade que deve ser puxada fique na
parte
superior.
Unir a
extremidade da corda de tração
com o olhal de tração giratório apropriado e continuar com a tração.
Para una tração
de vão médio, seguir
estas instruções:
Este procedimento
elimina a necessidade
de virar o cabo na forma de 8 no chão.
Colocar a bobina
do cabo em um ponto
médio do vão (garantindo que não seja excedido o comprimento de tração
máximo
nas duas direções).
Puxar uma
extremidade do cabo através
do conduto para uma extremidade do vão.
Desenrolar o cabo
da bobina e deixar
restante do cabo em forma de 8 no chão. A extremidade do cabo estará
na parte
superior da forma de 8.
Puxar a segunda
extremidade através do
conduto para a outra extremidade do vão.
Raio de curvatura
Não exceder o
raio de curvatura do
cabo. O cabo de fibra óptica pode sofrer danos quando é dobrado ou
curvado com
muita força, especialmente durante a tração. Se não houver
recomendações
específicas do fabricante do cabo, ele não deverá ser puxado em um
raio de
curvatura menor a 20 (vinte) vezes o diâmetro do cabo.
Ao concluir a
tração, o cabo não
deveria ter nenhum raio de curvatura menor a 10 (dez) vezes o diâmetro
do cabo.
Instalações de
cabo verticais
Sempre que
possível, deixar cair os cabos
verticalmente em lugar de puxá-los para cima. Segurar os cabos em
intervalos
frequentes para evitar um excesso de tensão na jaqueta. Podem ser
segurados com
braçadeiras (bem apertadas, mas não tanto como para deformar a jaqueta
do cabo)
ou com suportes tipo Kellems. Usar loops
de serviço para ajudar a segurar o cabo para obter suporte e fornecer
cabos
para futuras reparações ou reencaminhamentos.
Instalação de
cabeamento interior com
suportes para cabos
O cabo de fibra
óptica frequentemente é
instalado em suportes para cabos em aplicações no interior. Os
suportes para
cabos não devem ser compartilhados com cabos de comunicações de cobre,
já que
seu peso poderia causar danos nos cabos de fibra. Da mesma maneira,
uma grande
quantidade de cabos de fibra em um mesmo suporte poderia exercer muita
pressão
nos cabos que se encontram na base. Em instalações onde os suportes
para cabos
são utilizados para cabos de comunicações de cobre, os cabos de fibra
leves
podem ser pendurados debaixo dos suportes para cabos.
Uso de subdutos
Seria prudente instalar cabos de fibra óptica para interior críticos dentro do “subduto” laranja brilhante para facilitar a instalação do cabo e protegê-lo de danos futuros. O subduto laranja brilhante permitirá que qualquer trabalhador possa identificar no futuro o cabo de fibra óptica e evitar assim possíveis danos. O custo adicional inicial do subduto é compensado com a simplificação da instalação, que economiza tempo de trabalho.
Uso de
braçadeiras
Os cabos de fibra
óptica, como todos os
cabos de comunicações, são sensíveis às cargas de esmagamento. As
braçadeiras
utilizadas com muitos cabos, especialmente quando são apertadas com
uma
ferramenta de instalação, podem danificar os cabos de fibra óptica, e
causar
atenuação e potenciais quebraduras na fibra. Quando são utilizadas, as
braçadeiras devem ser apertadas com a mão para que fiquem bem
ajustadas, mas o
suficientemente soltas para que possam ser movidas ao longo do cabo
com a mão.
Depois, deve ser cortado o excesso da braçadeira para evitar que seja
apertada
no futuro. As braçadeiras de velcro são as preferidas para os cabos de
fibra
óptica, devido a que não podem apertar o suficiente como para causar
danos no
cabo.
Corta-fogo
Os cabos para
interior devem atender
aos códigos contra incêndios e aprovar as inspeções, portanto, cada
cabo que
atravessa uma parede classificada como resistente ao fogo deve contar
com
proteção contra incêndios. Todos os sistemas de proteção contra
incêndios para
as telecomunicações devem cumprir os códigos e padrões
correspondentes. Todas
as entradas devem ser protegidas com sistemas corta-fogo aprovados.
Devem ser
utilizados compostos e dispositivos corta-fogo quando uma instalação
cause a
ruptura de uma separação contra incêndios.
Na maioria dos
locais, a ruptura de uma
separação contra incêndios requererá monitoramento físico até que seja
reparada. Verificar com a autoridade com jurisdição os requerimentos
específicos do projeto antes de começar a trabalhar.
Aterramento e
ligação
Os cabos
condutores exigem aterramento
e ligação apropriados para os condutores correspondentes. Embora os
cabos de
fibra óptica, em geral, não sejam condutores, todo equipamento
metálico
utilizado nos sistemas de cabeamento de fibra óptica (como as caixas
de
terminação nas paredes, os racks
e os
painéis de conexão) deve ser aterrado. Os sistemas de aterramento
devem ser
projetados conforme especificado pelo NEC (Código Elétrico Nacional),
e outros
códigos ou padrões aplicáveis. A maioria das salas de telecomunicações
conta
com uma barra de conexão de aterramento que tem uma estrutura de
aterramento de
alta qualidade e conexões para os dispositivos que exigem aterramento.
Terminação
e
emenda
Os processos de
terminação e emenda são
cobertos mais detalhadamente no Capítulo 7. As terminações e as
emendas no
campo não têm outros requerimentos mais do que um espaço sem poeira e
com
temperaturas moderadas para trabalhar.
Emenda
Em geral, as
emendas no exterior são
realizadas em um reboque ou caminhão especial. Dentro do caminhão há
um
laboratório de emendas com temperatura controlada, com o espaço
adequado para
trabalhar com os cabos e as caixas de emendas. Às vezes, é necessário
realizar
as emendas ao ar livre, em uma pequena barraca ou até em uma
plataforma aérea.
O instalador deve poder lidar com as condições oferecidas pela
instalação. Em
condições extremamente frias, provavelmente seja necessário contar com
um
sistema de aquecimento, já que, com o frio, os cabos ficam rígidos e
torna-se
difícil operar o equipamento. Em climas quentes, o processo pode ser
mais
fácil, mas igualmente desconfortável para o instalador.
O ideal é que as
emendas sejam testadas
com um OTDR assim que são realizadas e antes de serem colocadas em um
suporte
para emendas. As máquinas fusionadoras fornecem uma estimativa de
perda da
emenda, mas é apenas isso, uma estimativa. O OTDR pode confirmar a
qualidade
das emendas, o que permite ao instalador ter certeza de que a emenda
está bem
feita e que a caixa de emendas não deverá ser aberta de novo para
corrigir uma
emenda insatisfatória.
Prestar especial
cuidado ao colocar as
emendas nos suportes e ao organizar os tubos com revestimento buffer
ou as fibras na caixa. Um
problema recorrente é encontrar fibras quebradas quando os suportes e
as caixas
são montados. É difícil encontrar as quebraduras nas fibras dentro da
caixa,
porque que estão muito perto da emenda e não podem ser resolvidas com
um OTDR.
Se a emenda estiver o suficientemente perto como para poder realizar
um
rastreamento com um localizador visual de falhas, a quebradura pode
ser
detectada com uma inspeção visual.
Terminação
Em geral, pelo menos a terminação é feita dentro de um edifício próximo ao equipamento de comunicação, seja uma terminação de cabos no exterior ou no interior. O instalador pode ter problemas para encontrar o espaço adequado, por exemplo, em uma sala de telecomunicações com linhas de painéis de conexão e racks. Espera-se que o instalador de cabo tenha deixado loops de serviço em cada cabo que permitam levar os cabos para uma área ao ar livre para realizar a terminação. Muitos instaladores utilizam mesas dobráveis portáteis ou carrinhos móveis para criar um espaço de trabalho onde possam alcançar as extremidades dos cabos.
Se o edifício ainda estiver em construção, a poeira pode ser um problema. Mesmo em edifícios concluídos, os sistemas de ar condicionado podem eliminar poeira. Controlar que não haja poeira e, se for necessário trabalhar em um ambiente com poeira, limpar todas as ferramentas, as lixas de polimento e os conectores frequentemente.
Se a terminação for realizada em um cabo monomodo com a emenda de uma fibra pigtail em cada fibra, ter os mesmos cuidados ao colocar as emendas ou as fibras nos suportes e caixas para cabos, para evitar danos. No caso de uma terminação direta de fibras com revestimento buffer de 900 micrômetros em um cabo de distribuição, deixar uma extensão adequada para armazenar o excesso de fibra e evitar as curvaturas apertadas, já que elas podem causar problemas de perdas da fibra no futuro.
Como acontece com as emendas, cada conector deve ser testado ao concluir a terminação da fibra. Verificar cada conector polido com um microscópio para certificar-se de que o polimento tenha sido realizado apropriadamente. Se possível, testar cada conector tipo pré-polimento/emenda com um localizador visual de falhas. Quando as duas extremidades da fibra estejam terminadas, deve ser testada e documentada a perda de ponta a ponta. Os conectores com muita perda devem ser terminados novamente, para economizar tempo, deve ser feito quando o instalador ainda se encontra no local de trabalho.
Rotulagem e documentação
Usualmente, o instalador que realiza a terminação do cabo tem o trabalho de etiquetar cada ponto de terminação. O ideal é que a etiqueta tenha sido criada como parte do projeto da rede de cabos e que o instalador somente tenha que unir os códigos de cor das fibras à etiqueta e, se ainda não tiver sido colocada, adicionar a etiqueta no painel de conexão no local apropriado. Este é um processo importante, já que a denominação de cada fibra será utilizada para registrar os dados dos testes, a conexão ao equipamento, e realizar o acompanhamento durante os deslocamentos, inclusões e alterações futuros. As portas dos painéis de conexão devem ser marcadas com as especificações e advertências sobre o acesso autorizado.
Limpeza do local de trabalho
Depois de terminar ou emendar os cabos, o instalador deve limpar cuidadosamente o local de trabalho e deixá-lo, pelo menos, tão limpo como o encontrou, preferentemente mais limpo. Todos os restos, especialmente os de fibras, que deveriam estar em recipientes descartáveis selados, devem ser retirados do local.
Armazenamento de componentes excedentes
Qualquer componente em excesso deverá ser armazenado para utilizar no futuro. Os conectores e os cabos podem ser armazenados junto com a documentação da rede de cabos para contar com componentes compatíveis para emendas e terminações no caso de uma restauração no futuro.
Teste
da
rede de cabos de fibra óptica instalado
Durante a etapa
do projeto, cada
cabeamento deve ter um cálculo da quantidade de perda estimada baseado
nas
especificações dos componentes. Depois da instalação, é necessário
testar cada
fibra de todos os cabos de fibra óptica para verificar a correta
instalação,
através da comparação da perda medida com a perda calculada da
quantidade de
perda estimada.
Comumente, o
instalador realizará os
seguintes testes:
Teste de
continuidade para determinar
que o trajeto da fibra ou a polarização sejam corretos e a
documentação seja
adequada.
Testes de perda
de inserção de ponta a
ponta com um medidor de potência e fonte OLTS. Os cabos multimodo
devem ser
testados utilizando o Método B do padrão TIA/EIA 526-14 e os cabos
monomodo
utilizando o TIA/EIA 526-7, salvo que a compatibilidade do equipamento
de
testes dos conectores exija outro método de referência. A perda total
deve ser
menor à perda máxima calculada do cabo com base nos cálculos de
quantidade de
perda estimada utilizando os padrões apropriados ou as especificações
do
cliente. Se um teste apresentar diferenças com as perdas esperadas, os
problemas devem ser diagnosticados e corrigidos.
Pode ser
realizado um teste de OTDR
opcional para verificar a instalação do cabo e o desempenho da emenda.
No
entanto, os testes de OTDR não devem ser utilizados para determinar
perdas nos
cabos. O uso de um OTDR em aplicações no interior pode ser
inapropriado quando
os cabos são curtos. Um técnico de OTDR com experiência deve
determinar quando
é apropriado utilizá-lo.
Se a documentação
do projeto não
incluir o comprimento da rede de cabos, e não foi registrada durante a
instalação, ler o comprimento das marcas de distância nas jaquetas dos
cabos ou
testar o comprimento da fibra utilizando o recurso de comprimento
disponível em
um OTDR ou em alguns OLTS.
Testes de
continuidade
Testar a
continuidade das fibras
ópticas usando um rastreador de fibra visual, um localizador visual de
falhas
ou um medidor de potência e fonte OLTS. Rastrear a fibra de ponta a
ponta
através de qualquer interconexão para certificar-se de que a
trajetória da
fibra esteja devidamente instalada, e que a polarização e o
encaminhamento
sejam corretos e estejam documentados.
Perda de inserção
As perdas de
inserção fazem referência
às perdas ópticas das fibras instaladas quando são medidas com uma
fonte e um
medidor de potência (OLTS). É melhor testar os cabos multimodo
utilizando o
Método B do TIA/EIA 526-14 (sempre documentar o método utilizado) e os
cabos
monomodo utilizando o TIA/EIA 526-7.
Testar as fibras
multimodo em 850 e
1300 nm, e as fibras monomodo em 1310 e 1550 nm, a menos que outros
padrões ou
o cliente exijam o contrário.
Testar os cabos
de teste de referência
antes de realizar os testes para verificar a qualidade, e limpá-los
com
frequência.
O cabeamento que
será utilizado com
sistemas de alta velocidade e fontes laser deve ser testado com fontes
laser
apropriadas para garantir que os testes verifiquem o desempenho com
esse tipo
de fonte.
Testes de OTDR
O refletômetro
óptico no domínio do
tempo (OTDR) utiliza técnicas como as de um radar para criar uma
imagem da
fibra em um cabo de fibra óptica instalado. A imagem, denominada
assinatura
gráfica ou rastreamento, contém os dados sobre o comprimento da fibra,
a perda
nos segmentos das fibras, os conectores, as emendas e as perdas
causadas pela
tensão durante a instalação. Os OTDR são utilizados para verificar a
qualidade
da instalação ou para a resolução de problemas. No entanto, os testes
de OTDR
não devem ser utilizados para determinar perdas nos cabos.
Os OTDR têm
resolução de distância
limitada e podem exibir resultados confusos quando são testados cabos
curtos
típicos e aplicações no interior. Em caso de desejar realizar um teste
de OTDR
em cabos no interior, o pessoal com experiência deverá avaliar se o
teste é
apropriado.
Os testes OTDR
devem ser realizados
somente por pessoal treinado, utilizando equipamento certificado e
projetado
para esse fim. Os técnicos que realizem os testes devem ser treinados
não
apenas na operação do OTDR, mas também na interpretação dos
rastreamentos do
OTDR.
Administração,
gerenciamento
e documentação
A documentação da
rede de cabos de
fibra óptica é uma parte integral do projeto, da instalação e do
processo de
manutenção da rede de fibra óptica. A documentação apropriada da
instalação
facilitará a instalação, permitirá um melhor planejamento para
atualizações,
simplificará os testes e futuros deslocamentos, inclusões e
alterações.
A menos que o
usuário especifique o
contrário, a documentação da rede de cabos de fibra óptica deve seguir
os
padrões ANSI/TIA/EIA-606 para a Administração para a Infraestrutura de
Telecomunicações de Edifícios Comerciais.
Os cabos de fibra
óptica, especialmente
aqueles que são utilizados para cabos backbone,
podem conter fibras que conectam diferentes enlaces que vão para
locais diferentes
com interconexões em painéis de conexão ou caixas de emendas. A rede
de cabos
de fibra óptica deve estar documentada para conhecer o trajeto exato
que seguem
as fibras em cada cabo, incluindo as conexões intermediárias e todos
os tipos
de conectores. A documentação deve incluir os dados da perda de
inserção e
rastreamentos de OTDR opcionais.
Questionário -
Instalação
Verdadeiro ou
falso
Indique
se as declarações a seguir são
verdadeiras ou falsas.
____
1.
As aplicações industriais
frequentemente utilizam a fibra óptica por sua imunidade a ruídos, em
lugar de
fazê-lo por suas vantagens de distância e a largura de banda.
____
2.
Todos os componentes metálicos do
sistema de cabeamento instalado em um equipamento ou sala de
telecomunicações
devem ser ligados e aterrados.
____
3.
Ao atualizar os cabos em um armário
de telecomunicações, os cabos antigos e abandonados podem ser cortados
e
colocados no seu lugar, sempre que o sistema de proteção contra
incêndios não
seja alterado.
Escolha
múltipla
Identifique
a opção mais adequada para completar
a declaração ou responder a pergunta.
____
4.
__________ facilitará a instalação, permitirá um melhor planejamento
para
atualizações e simplificará os testes.
A. |
Una
boa qualidade do trabalho |
B. |
Conectores
com perda baixa |
C. |
Os
procedimentos de segurança no local de trabalho |
D. |
Uma
documentação apropriada |
____
5. O
cabeamento exterior pode ser instalado por meio de __________.
A. |
tração
em condutos subterrâneos |
B. |
enterramento
direto |
C. |
suspensão
aérea |
D. |
todas
as opções acima |
____
6. O
equipamento de proteção que todo instalador de VDI (voz, dados e
imagem) deve
usar sempre é __________.
A. |
proteção
ocular |
B. |
avental
de plástico |
C. |
luvas |
D. |
proteção
de calçado |
____
7. A
vareta de fibra de vidro que se encontra dentro de muitos cabos de
fibra óptica
é para __________.
A. |
aumentar
a tensão de tração |
B. |
limitar
o raio de curvatura para evitar dobraduras |
C. |
enrolar
as fibras |
D. |
atar
a cabos guia |
____
8.
Para evitar dobraduras no cabo ao puxar dele é necessário __________.
A. |
utilizar
um olhal giratório |
B. |
puxar
com uma corda de tração |
C. |
desenrolar
o cabo da bobina |
D. |
lubrificar
o cabo |
____
9.
Para puxar cabos longos, por que o cabo é apoiado em “forma de 8” em
pontos
intermediários?
A. |
Para
evitar que se enrole com a corda de tração. |
B. |
Para
que seja mais fácil aplicar lubrificante. |
C. |
Para
evitar que os trabalhadores caminhem sobre ele. |
D. |
Para
evitar dobraduras. |
____
10.
Quando há tensão de tração, o raio de curvatura não deve ser menor a
__________.
A. |
5
vezes o diâmetro do cabo |
B. |
10
vezes o diâmetro do cabo |
C. |
20
vezes o diâmetro do cabo |
D. |
50
vezes o diâmetro do cabo |
____
11. O padrão
do setor que cobre o cabeamento estruturado, de fibra ou de cobre, é
__________.
A. |
TIA-568 |
B. |
TIA-526-14 |
C. |
IEEE
802.3 |
D. |
NECA-301 |
____
12. O
cabo estruturado instalado de acordo com os padrões TIA-568 utiliza
uma
topologia de cabeamento __________.
A. |
barramento
(bus) |
B. |
anel
(ring) |
C. |
estrela
(star) |
D. |
árvore
(tree) |
____
13. As
instalações de cabo verticais devem ser instaladas, preferentemente,
__________.
A. |
puxando
lenta e cuidadosamente com a mão |
B. |
com
máquinas para puxar calibradas |
C. |
puxando
um andar de cada vez |
D. |
deixando
cair os cabos em lugar de puxá-los para cima |
____
14. As
braçadeiras utilizadas nos cabos de fibra óptica __________.
A. |
devem
ser apertadas com força para evitar movimentos do cabo |
B. |
podem
ser utilizadas para pendurar os cabos em suportes para cabos
ou ganchos J |
C. |
devem
ser avaliadas de acordo com o peso dos cabos |
D. |
podem
causar danos nos cabos quando estão muito ajustadas, portanto,
devem ser apertadas com a mão |
Outros
estudos
e projetos
O Padrão de Instalação de Fibra Óptica FOA/NECA 301 disponibilizado pela NECA (necanet.org) cobre as diretrizes para uma instalação de forma concisa.
Como parte do laboratório, criar um enlace de fibra óptica completo utilizando os componentes utilizados comumente nas aplicações reais. Incluir também a tração ou a colocação do cabo, as terminações e as emendas.
Procurar artigos de aplicações de fibra óptica e revisar como são realizados os projetos.
Procurar sites de fabricantes de
equipamentos e analisar seus vídeos ou instruções.